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Promotor venezuelano diz que Maduro ordenou prisão de líder opositor

Em entrevista à CNN, Franklin Nieves afirmou que o presidente da Venezuela teme a liderança de Leopoldo López e ordenou que o opositor fosse afastado do "jogo político"

Por Da Redação
28 out 2015, 09h00

O promotor que denunciou que o líder opositor venezuelano Leopoldo López foi condenado com provas falsas afirmou nesta quarta-feira que a ordem para o julgamento foi dada pelo presidente Nicolás Maduro, para afastá-lo do “jogo político”. Em uma entrevista ao canal CNN em Miami, para onde viajou na semana passada alegando pressões do governo e de seus superiores, Franklin Nieves citou uma conversa com López na qual expressou que sua condenação estava “escrita” porque Maduro e o número dois do chavismo, Diosdado Cabello, temem sua liderança.

“Eles são os que manejam tudo. Quem orientou a ata policial de apreensão de Leopoldo López foi o próprio Diosdado Cabello, que dá as instruções no gabinete de coordenação dos promotores”, disse. Nieves, um dos promotores do caso, disse que um comandante militar, que identificou como o general de brigada Manuel Bernal, solicitou que ele tramitasse a ordem de captura contra López em fevereiro de 2014. “Ele me disse que as instruções vinham do presidente Nicolás Maduro, para solicitar quatro ordens de apreensão. E me mostrou um pequeno papel em que aparecia o cidadão Leopoldo López em primeiro lugar”, declarou o promotor.

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O governo venezuelano não reagiu até o momento às denúncias que Nieves está fazendo desde a semana passada. Líder da ala mais exaltada da oposição venezuelana, López foi condenado por incitação à violência durante os protestos para exigir a renúncia de Maduro, entre fevereiro e maio de 2014, que deixaram 43 mortos. Nieves, destituído após sua primeira declaração, afirmou que os poderes do Estado venezuelano estão “ajoelhados” diante de Maduro e Cabello, presidente do Congresso.

A procuradora-geral Luisa Ortega negou na segunda-feira ter pressionado os promotores. “Se Nieves acreditava que estava fazendo algo ilegal poderia inibir-se ou pedir que o substituíssem do caso”, disse Ortega. O ex-promotor respondeu que se tivesse tomado tal atitude, seria imediatamente “perseguido”.

Repercussão nos EUA – O porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, John Kirby, expressou nesta terça sua inquietação sobre as pressões políticas sofridas pelo promotor Franklin Neves e afirmou que o fato coloca em dúvida “a independência judicial” no país.

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(Da redação)

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