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Primeiro-ministro da Ucrânia renuncia ao cargo

Arseniy Yatsenyuk anunciou que deixa o governo em meio a uma grave crise política em Kiev, com partidos abandonando a coalizão que apoia o presidente

Por Da Redação
24 jul 2014, 13h09

O primeiro-ministro da Ucrânia, Arseniy Yatsenyuk anunciou nesta quinta-feira sua renúncia depois que dois partidos deixaram a coalizão governista, o que ele classificou como um “bloqueio às iniciativas do governo”. “Estou anunciando minha renúncia em conexão com o colapso da coalizão”, disse o premiê ao Parlamento, acrescentando que o Legislativo não tinha mais como desempenhar seu trabalho e aprovar as leis necessárias para o país.

Os partidos que retiraram o apoio ao governo foram Udar, liderado pelo ex-campeão mundial de boxe Vitali Klitschko, e o nacionalista Svoboda. A renúncia ainda terá de ser aceita pelo presidente Petro Poroshenko, que poderá pedir para Yatsenyuk permanecer no cargo até que um novo gabinete seja nomeado, em um período de dois meses, informou a rede britânica BBC.

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A Ucrânia vive um momento delicado após separatistas pró-Rússia terem derrubado um avião da Malaysia Airlines com 298 pessoas a bordo. O ato terrorista, ocorrido na região de Donetsk, ao leste do país, evidenciou a impotência do governo em controlar os rebeldes que se autoproclamaram independentes e lutam pela anexação de territórios a Moscou. O desastre aéreo refletiu nas instâncias políticas da Ucrânia e provocou uma pancadaria entre os parlamentares de partidos nacionalistas e antigos aliados do presidente deposto Viktor Yanukovich. A troca de socos ocorreu após políticos favoráveis a Yanukovich discordarem da aprovação de um decreto que ampliava os recursos destinados à luta contra os separatistas do leste. A nova legislação prevê que todos os homens com menos de 50 anos podem ser chamados a servir o Exército na luta contra os grupos insurgentes.

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Saiba mais:

Por que UE e Rússia querem tanto a Ucrânia?

Petro Poroshenko, eleito presidente nas eleições de maio, ainda não se mostrou capaz de pôr um fim à crise política no país. A tensão teve início em novembro do ano passado, após o governo de Yanukovich rejeitar uma proposta de cooperação com a União Europeia (UE) em detrimento de um alinhamento com a Rússia. Protestos se espalharam pelo país e culminaram na deposição do presidente depois de uma batalha campal tomar conta da capital Kiev, com mais de 100 mortos. A Rússia, então, se aproveitou da situação e anexou a região da Crimeia sob a justificativa de que os cidadãos russos que lá vivem estavam em perigo com a turbulência política na Ucrânia. A manobra ilegal perante a comunidade internacional insuflou os ânimos no leste ucraniano, onde boa parte da população tem o russo como língua nativa, e serviu de estopim para que diversos grupos separatistas armados surgissem. Há provas contundentes de que Moscou armou e treinou os rebeldes que hoje lutam contra o Exército ucraniano.

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