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Primeira-dama do México irá se desfazer de mansão

Angélica Rivera, mulher do presidente Enrique Peña Nieto, adquiriu a casa de uma empresa ligada a grupo que venceu licitação do governo federal

Por Da Redação
19 nov 2014, 16h29

A primeira-dama do México, Angélica Rivera, anunciou nesta quarta-feira que irá se desfazer da mansão que pôs o presidente Enrique Peña Nieto no centro de um novo escândalo político. A propriedade foi adquirida de uma empresa imobiliária mantida por Juan Armando Hinojosa, proprietário do Grupo Higa, que venceu a licitação do governo federal para realizar as obras de um trem que ligará a Cidade do México a Querétaro. Por suspeita de favorecimento, Peña Nieto se viu obrigado a cancelar o contrato com o Grupo Higa e a revisar os termos da licitação, de acordo com o jornal El País.

“Conheci o engenheiro Juan Armando Hinojosa da mesma forma que tenho conhecido muitos outros empresário, artistas e profissionais”, disse Angélica, em um vídeo gravado para “defender a integridade de meus filhos e do meu marido”. A primeira-dama diz que começou a buscar um terreno para construir uma casa em 2009. A imobiliária de Hinojosa adquiriu então um lote adjacente a uma residência que Angélica ganhou de presente da rede Televisa, em que atuou por muito tempo como atriz de telenovelas. Foi neste lote, em Paseo de las Palmas, um bairro nobre da capital mexicana, que imobiliária ergueu a luxuosa casa com sete cômodos, um ginásio, jacuzzi e outros luxos.

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A construção da propriedade teve início em julho de 2010, quatro meses antes de Angélica se casar com Peña Nieto, que então exercia o cargo de governador do Estado de México. “A imobiliária me contou que o terreno ao lado estava à venda e acordamos que ele seria comprado para ser integrado à construção”, afirmou a primeira-dama. As obras terminaram em 12 de janeiro de 2012, antes de Peña Nieto chegar à presidência. A presidência do México tornou público o contrato de compra e venda com a imobiliária, em que o imóvel é avaliado em 3,9 milhões de dólares, pagos em oito anos. A primeira-dama disse que 30% do valor foi quitado. Na imprensa mexicana, o imóvel tem sido estimado em até 7 milhões de dólares.

Para reiterar que “não tem nada a esconder”, Angélica tornou pública sua declaração de bens feita em 2010, em que afirma ter lucrado 9,6 milhões de dólares e pago 2,8 milhões de dólares em impostos. Ela também declarou ter um apartamento em Miami, nos Estados Unidos, comprado em 2005, e um imóvel adquirido para sua mãe em 2007. “Estou tornando públicas informações privadas. Não tenho nenhuma obrigação de fazer isso porque não sou uma funcionária pública”, declarou. Peña Nieto e Angélica se casaram em regime de separação de bens, informou o El País.

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Crise – O presidente Enrique Peña Nieto vive nestas últimas semanas a pior crise política desde que assumiu o governo. O político tem sido duramente criticado pela demora para resolver o caso do desaparecimento de 43 estudantes em Iguala, no Estado de Guerrero, um dos mais pobres do país. A procuradoria-geral do país chegou à conclusão de que os jovens foram detidos pela polícia e entregues a pistoleiros ligados ao narcotráfico. Seus corpos teriam sido incinerados num lixão para evitar o reconhecimento. Fragmentos ósseos foram enviados para análise na Áustria, mas especialistas têm alertado que será muito difícil saber se os restos mortais encontrados pertencem aos estudantes.

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