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Presidentes dos EUA: os homens mais poderosos do mundo no dia da posse

Por Da Redação
20 jan 2009, 08h13

A população americana vive nesta terça-feira um marco histórico ao celebrar a posse do primeiro presidente negro do país, Barack Hussein Obama. Com a cerimônia de posse mais cara da história (mais de 150 milhões de dólares) o democrata passará a ser oficialmente o 44º presidente do país. Durante a campanha eleitoral, Obama pregou a esperança para americanos descrentes, conquistou eleitores republicanos insatisfeitos e chegou a ter status de celebridade. Mesmo em meio à grave crise econômica, com desemprego em alta e duas guerras a resolver, 79% da população americana se diz otimista em relação ao novo governo.

Em seus 40 anos de existência, VEJA acompanhou em várias ocasiões a transição presidencial dos Estados Unidos e registrou o “grande dia” e as novas propostas de cada novo ocupante da Casa Branca. Na edição de 22 de janeiro de 1969, a revista relata os primeiros dias do impopular Richard Nixon na presidência do país, que foi eleito com 43% de votos populares – o menor porcentual desde Woodrow Wilson, em 1912. “A manhã estava escura e fria, o céu de inverno coberto por pesadas nuvens de chuva, quando Richard Milhous Nixon acordou pela primeira vez como o 37º presidente dos EUA”, disse a reportagem. Naquele tempo, os principais problemas da pauta presidencial eram: Vietnã, crise no Oriente Médio e desarmamento.

Em 1972, Nixon conseguiu se reeleger -desta vez, porém, com uma vitória esmagadora contra o adversário George McGovern. Mas foi em 1974, quando explodiu o caso Watergate, que o reinado do republicano desmoronou. As páginas de VEJA de 14 de agosto daquele ano registram a queda de Nixon e a ascensão do vice-presidente Gerald Rudolph Ford. Transformado no 38º presidente dos Estados Unidos, Ford foi o primeiro a não ter sido eleito pelo povo. Em sua reportagem, a revista afirmou que o juramento dele “deu à nação seu primeiro momento de verdadeira serenidade após longos meses de trauma”.

No dia 26 de janeiro de 1977, VEJA conta que entre 100.000 e 300.000 pessoas ocuparam as ruas de Washington para dar as boas-vindas ao novo presidente americano Jimmy Carter. Em um discurso pouco otimista, Carter afirmou que “mais não é necessariamente melhor” e que não era possível “resolver todos os problemas ou responder a todas as questões”. “Não nos comportaremos no exterior de forma a violar as normas e padrões que queremos em casa”, disse o 39º presidente no dia de sua posse.

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Quatro anos depois, foi a vez do presidente Ronald Reagan ocupar a Casa Branca. “Cansado de penitências e pessimismo, o país ouviu Reagan acenar em seu discurso um ‘novo começo'”, diz a reportagem de 28 de janeiro de 1981. Segundo a revista, ele assumiu o comando em um momento que os “Estados Unidos já tocam os limites de seu crescimento, de seus recursos naturais e de sua supremacia no mundo”.

Com 68% de aprovação popular, Reagan terminou o segundo mandato presidencial em grande estilo. O índice impressionante superava o de qualquer outro presidente dos Estados Unidos no século XX. Em 1989, o republicano George Bush chega “fazendo festa” em Washington. Os números da posse foram exorbitantes, mas nada se comparado com o que foi gasto para receber Obama nesta terça. “George e Barbara Bush foram as estrelas de quatro dias de festas, banquetes e desfiles, na mais movimentada e cara festa de um presidente americano. A um custo de 25 milhões de dólares – cinco vezes mais do que se gastou na posse do frugal Jimmy Carter”, dizia VEJA de 25 de janeiro de 1989.

Enquanto comemorava, o alto-astral de Bush prevalecia. No discurso, porém, ele tropeçou, com uma fala fraca e vazia. “Eu assumo a presidência em um momento rico em promessas. Vivemos em uma época próspera e de paz, mas podemos melhorá-la”, afirmou em seu primeiro pronunciamento ao povo americano. Naquela fase, os principais desafios do presidente eram o déficit público de 2,8 trilhão de dólares, a crise financeira de pequenas instituições de poupança e a dívida dos produtores agrícolas americanos.

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A posse do presidente democrata Bill Clinton, em 1993, pôs fim à dinastia republicana fundada por Ronald Reagan, em 1981. Utilizando-se de um populismo sem constrangimentos, o novo presidente sabia muito bem o que havia herdado. “O país deve 4 trilhões de dólares, o governo tem um déficit de quase 300 bilhões, os desempregados são quase 10 milhões e o número de americanos sem ter onde morar é maior que a população do Uruguai”, dizia a reportagem de VEJA de 27 de janeiro de 1993.

Para a festa de posse de Clinton, que custou cerca de 30 milhões de dólares, compareceram aproximadamente 800.000 americanos. Depois de seguir o protocolo, ele e a primeira-dama Hillary percorreram 15 bailes. Em dois deles, Clinton fez seu número a parte: tocou saxofone para os convidados. Simpático, o democrata conseguiu provocar uma leve confusão no dia seguinte à sua posse, ao anunciar que abriria as portas da Casa Branca para o povo.

Oito anos depois de ter sido governado por um presidente democrata, os Estados Unidos voltam duplamente ao passado: elegem um republicano e filho de um ex-presidente. Em 2001, depois de uma eleição controversa e de alguns protestos, o país recebe o conservador George W. Bush. Em vez de poder desfrutar da sensação de alívio por ter conseguido chegar até o topo, em seus primeiros dias, Bush quase não pôde respirar. Batalhas ideológicas eram travadas entre os republicanos e os democratas, agora na oposição. A revelação de que o pastor Jesse Jackson, eminência negra do partido democrata, havia tido uma filha fora de seu casamento serviu para aquecer ainda mais os ânimos. O “pós-posse” de Bush foi repleto de discussões fervorosas em torno de assuntos polêmicos como o aborto, posse de armas e relações raciais – todas relatadas pela edição de VEJA de 24 de janeiro de 2001.

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