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Presidente ucraniano critica Índia por receber líder da Crimeia

Petro Poroshenko considera que governo de Narendra Modi deu mais importância ao 'dinheiro' do que aos 'valores', ao receber político de península anexada ilegalmente por Moscou

Por Da Redação
12 dez 2014, 06h55

O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, reclamou nesta sexta-feira da postura da Índia, que recebeu a visita do chefe político da Crimeia, território ucraniano anexado ilegalmente pela Rússia em março deste ano. Sergey Aksyonov viajou em companhia do autocrata russo Vladimir Putin.

Para Poroshenko, a Índia está dando mais importância ao dinheiro do que a “valores”, ao receber o político. “A posição da Índia não ajuda, não salva Aksyanov. Ele é um criminoso, é muito simples. Ele tem um histórico criminoso e, com certeza, um futuro criminoso”.

O primeiro-ministro indiano Narendra Modi não apoiou as sanções impostas contra Moscou nem criticou o Kremlin pela tomada da Crimeia ou pelo apoio a separatistas no leste da Ucrânia, e a viagem não-oficial do chefe da península pode ter implicações em outra visita, esta oficial, do presidente Barack Obama ao país, em janeiro.

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A porta-voz do Departamento de Estado americano Jen Psaki afirmou que os EUA viram como um problema a viagem de Aksyonov à Índia como parte da delegação de Putin. “Entendemos que o Ministério de Relações Exteriores indiano afirmou que não foi oficialmente informado da visita ou de sua participação na delegação. Estamos buscando mais informações sobre isso”.

Aksyonov afirmou que sua visita à Índia tinha um “caráter privado” e que ele não participaria de nenhum evento oficial. O político, no entanto, postou em sua página no Twitter que estava no país como “membro da delegação liderada por Vladimir Putin”.

Defesa – A porta-voz americana também falou sobre os novos acordos nuclear e de defesa entre a Índia e a Rússia, e reafirmou a visão de Washington de que este “não é o momento para fazer negócio com a Rússia”. O acordo prevê a construção de dez novos reatores na Índia nos próximos vinte anos.

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Um pacote de 1 bilhão de dólares para impulsionar projetos voltados para a construção de hidrelétricas também foi assinado. A petrolífera russa Rosneft foi outra beneficiada e venderá à Índia 10 milhões de toneladas de petróleo por ano.

Em uma entrevista coletiva conjunta com Putin, o primeiro-ministro indiano enfatizou os profundos laços de segurança da Índia com a Rússia. Moscou foi durante muito tempo o maior fornecedor de armas ao país, sendo ultrapassado recentemente pelos Estados Unidos. “Mesmo que as opções para a Índia tenham aumentado, a Rússia continua sendo nosso mais importante parceiro na área de defesa”, disse Modi.

Os jornalistas não puderam fazer qualquer pergunta que causasse incômodo a Modi ou Putin durante o evento.

(Com agência Reuters)

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