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Presidente da Ucrânia anuncia acordo de cessar-fogo

Trégua no leste ucraniano foi firmada em telefonema com Putin. O Kremlin, porém, não confirmou o pacto, alegando que 'não faz parte do conflito'

Por Da Redação
3 set 2014, 06h42

O presidente da Ucrânia Petro Poroshenko anunciou nesta quarta-feira um acordo de cessar-fogo permanente no leste do país. A região enfrenta duros combates entre tropas do governo e separatistas pró-russos desde abril. A trégua foi firmada em um telefonema entre Poroshenko e o presidente russo Vladimir Putin. “O resultado da conversa foi um acordo sobre um cessar-fogo permanente no Donbas (área que abrange as regiões rebeldes de Donetsk e Lugansk)”, assinala um comunicado publicado no site oficial da presidência ucraniana. Segundo a rede britânica BBC, no entanto, o Kremlin não confirmou o acordo, alegando que a Rússia “não faz parte do conflito”. Outros detalhes do acordo ainda não foram divulgados pela Ucrânia.

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Horas antes do anúncio de Poroshenko, o porta-voz do governo russo havia antecipado que, na conversa por telefone, os dois presidentes apresentaram opiniões “coincidentes” sobre as medidas necessárias para encerrar a crise no leste ucraniano.

Pressão – O anúncio da trégua no conflito coincide com a presença do presidente americano Barack Obama na região. Obama chegou nesta quarta à Estônia, onde se encontrará com líderes da Otan em uma visita estratégica para pressionar a Rússia a colaborar com a redução das hostilidades no leste ucraniano. Além disso, o cessar-fogo acontece no meio de uma bem-sucedida contra-ofensiva das milícias pró-russas no leste do país, que em pouco mais de uma semana recuperaram dezenas de localidades controladas pelas forças de Kiev e abriram uma terceira frente no sul da região de Donetsk.

Mais de 2.600 pessoas morreram desde o início do conflito no leste ucraniano, em abril deste ano. Um número estimado em 1 milhão de pessoas também foi obrigado a abandonar suas casas por causa da crise.

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Fotógrafo – A agência de notícias russa Ria Novosti anunciou nesta quarta a morte na Ucrânia do fotógrafo Andrei Stenin, denunciada por Moscou como um “assassinato bárbaro”. “Nosso colega, o fotógrafo Andrei Stenin, faleceu. Ele não estava preso. Morreu há um mês”, afirmou Dmitri Kiselev, diretor da agência. O jornalista, de 33 anos, estava desaparecido desde 5 de agosto. “O veículo foi alvo de tiros e pegou fogo em uma estrada perto de Donetsk”, disse Kiselev. Donetsk é o epicentro dos combates entre os insurgentes pró-Rússia e o exército ucraniano. O canal de televisão Rossiya 24 exibiu imagens do carro incendiado do fotógrafo.

“Foi um assassinato bárbaro e os primeiros elementos da investigação mostram que foi um ato cometido pelas forças ucranianas e membros da guarda nacional, que, segundo testemunhas, controlavam o território”, denunciou o ministério russo das Relações Exteriores. Moscou exige uma “investigação minuciosa”, segundo um comunicado do ministério. O presidente russo, Vladimir Putin, expressou pêsames à família do fotógrafo, segundo o Kremlin.

Stenin seguia uma coluna de veículos de refugiados, protegida por separatistas, quando foram atacados pelo exército ucraniano. “Os tiros destruíram mais de dez veículos de civis”, segundo o Comitê de Investigação da Rússia. “Em 27 de agosto, os rebeldes entregaram aos investigadores russos fragmentos de corpos encontrados nos veículos. Os especialistas concluíram que um deles era Andrei Stenin”, afirma um comunicado do comitê, que exige um julgamento dos responsáveis.

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(Com agência EFE)

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