UE diz estar pronta para ampliar sanções contra Rússia
Bloco se reúne neste sábado em Bruxelas para uma cúpula extraordinária
O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, afirmou neste sábado que a União Europeia (UE) está preparada para ampliar as sanções contra a Rússia devido à crise na Ucrânia, mas que o bloco ainda busca um acordo político para encerrar o conflito. “Estamos prontos para tomar medidas muito fortes e claras, mas mantemos nossas portas abertas para uma solução política”, disse, em entrevista coletiva de imprensa realizada em Bruxelas, ao lado do presidente ucraniano, Petro Poroshenko.
Segundo Barroso, a eventual ampliação das sanções teria por objetivo trazer Moscou à mesa de negociação. “Não faz sentido termos uma nova Guerra Fria”, disse, acrescentando que já existe uma vasta gama de opções para propor aos países-membros.
Leia também:
Otan deixa porta aberta para entrada da Ucrânia na aliança
Praticamente em guerra” – A presidente da Lituânia, Dalia Grybauskaite, afirmou neste sábado que a Rússia está “praticamente em guerra com a Europa” e defendeu que se envie armamento à Ucrânia, onde tropas regulares russas têm realizado incursões. “A Rússia está em guerra com a Ucrânia, um país que quer ser parte da UE (…) isso significa que praticamente está em guerra com a Europa”, afirmou.
Os líderes da UE se reúnem neste sábado em Bruxelas para uma cúpula extraordinária na qual poderão decidir a ampliação de sanções contra a Rússia. “Com a clara presença de tropas e equipamento russo na Ucrânia, devemos reagir e preparar novas medidas”, disse o francês, François Hollande, ao chegar à reunião, indicando que a decisão de endurecer as sanções será tomada ainda hoje.
“Império russo” – O presidente polonês, Bronislaw Komorowski, alertou neste sábado sobre o perigo de um novo “império russo” e pediu ao Ocidente que não repita os erros dos anos 30, quando perdeu a oportunidade de frear a escalada nazista. Em entrevista à rádio pública alemã, Komorowski pediu ao Ocidente que evite a “política do apaziguamento” que foi aplicada pelo governo britânico perante o regime nazista na Alemanha. Na sua opinião, uma política de “concessões” à Rússia não terá efeito positivo.
(com Reuters, AFP e EFE)