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Premiê húngaro afirma que problema de refugiados não é europeu, mas alemão

A Hungria também responsabilizou a Alemanha pelo caos em Budapeste. Ministro húngaro disse que Executivo alemão mandou uma mensagem aos sírios 'prometendo asilo'

Por Da Redação
3 set 2015, 10h25

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, afirmou nesta quinta-feira que o problema da crise de refugiados e de migração “não é europeu, mas alemão”, e explicou que não deixa que essas pessoas abandonem a Hungria porque têm que ser registradas. “Temos regulações muito claras e os chanceleres da Áustria e Alemanha disseram claramente que ninguém pode sair sem ter sido registrado. Não é uma estratégia, é cumprir a legislação”, disse Orban depois de se reunir com o presidente do parlamento europeu, Martin Schulz.

“Cá entre nós, o problema não é europeu; é um problema alemão. Ninguém quer permanecer na Hungria. Não temos nenhum problema com os que querem ficar, mas ninguém quer permanecer. Todos querem ir à Alemanha e nosso trabalho é registrá-los”, acrescentou. A Hungria também responsabilizou nesta quinta a Alemanha pelo caos na estação Keleti, em Budapeste, onde centenas de refugiados esperam há dias para embarcar em trens que os levem à Alemanha. O ministro húngaro de Governo, János Lázár, disse em entrevista coletiva em Budapeste que o Executivo alemão mandou uma mensagem aos sírios “prometendo asilo”. Lázár disse também que “a Alemanha cometeu erros de comunicação quando deixou em situação incerta os refugiados que querem seguir em direção a Europa Ocidental”.

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A Embaixada da Alemanha na Hungria informou ontem que aplicará as normas da Convenção de Dublin, que determina que a pessoa que busca asilo na União Europeia (UE) deve se registrar no primeiro país comunitário em que chegar. Centenas de refugiados esperam há dias em frente à estação de trens Keleti para poder viajar para Áustria e Alemanha, depois de segunda-feira as autoridades húngaras os terem deixado seguir seu rumo.

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Um trem lotado de refugiados partiu hoje, às 11h18 (6h18 em Brasília), de Budapeste para a cidade de Sopron, no nordeste da Hungria, na fronteira com a Áustria. No entanto, o comboio foi parado pouco depois na cidade Bicske, a oeste da capital, para admitir os imigrantes em um centro de amparo. O ministro disse que seu país pediu aos refugiados que se registrem no Escritório de Imigração de Budapeste.

Lázár também criticou a UE por “não ser capaz de lidar com a situação” e reiterou que seu país não pode aceitar a proposta de Bruxelas de distribuir os refugiados mediante um sistema de cotas vinculativas. O Parlamento húngaro debate hoje e amanhã um projete que endurece a legislação imigratória, aumenta as penas, para até três anos de prisão, para quem atravessar ilegalmente a fronteira, e abre a possibilidade de mobilizar o Exército na defesa de sua fronteira contra os refugiados. O fluxo de refugiados vem abalando o sistema de asilo da União Europeia, que chegou ao ponto de ruptura, semeando a divisão entre os 28 países membros e alimentando o populismo nacionalista. Os principais países da UE adotaram posições claramente opostas sobre a possibilidade de dar as boas-vindas aos imigrantes. A Alemanha planeja aceitar 800.000 refugiados este ano, enquanto a Grã-Bretanha criou um programa para permitir a entrada de sírios, mas que aceitou apenas 216.

(Da redação)

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