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PP vence eleições na Espanha sem conseguir maioria

Partido conservador perdeu cadeiras no legislativo para o socialista PSOE e a legenda de esquerda Podemos

Por Da Redação
20 dez 2015, 20h45

O governante Partido Popular (PP, centro-direita) foi o vencedor das eleições legislativas realizadas neste domingo na Espanha com 123 deputados. Este resultado deixa o partido conservador a 53 cadeiras da maioria absoluta, fixada em 176, com o socialista PSOE em segundo lugar, ao ficar com 90 cadeiras; seguido pelo emergente Podemos, de esquerda e antiausteridade, com 69. Até hoje, nenhum partido havia governado o país com menos de 156 assentos.

O primeiro-ministro Mariano Rajoy, do PP, anunciou que tentará formar governo na Espanha. “Acredito que a Espanha precise de um governo estável”, declarou Rajoy, diante das centenas de simpatizantes reunidos na frente da sede do partido. “Será necessário falar muito, dialogar mais, chegar a entendimentos e a acordos”, acrescentou.

O líder do partido socialista (PSOE), Pedro Sánchez, atribuiu ao PP a responsabilidade de formar um novo executivo. Em pronunciamento à imprensa, o líder socialista se mostrou disposto a “dialogar, debater e concordar”, diante da nova etapa que se abre no país, com o parlamento sem nenhum partido com maioria absoluta. Sánchez agradeceu também o apoio de quase cinco milhões de pessoas a seu partido.

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Os duros anos de crise, as políticas de austeridade, a disparada do desemprego – que chegou a 27% no início de 2013 e está em 21,18% – e os inúmeros escândalos de corrupção deflagraram uma crise institucional, que resultou na ascensão do Podemos.

Pablo Iglesias, líder do partido de esquerda, afirma que os resultados “abrem uma nova etapa” no país. “Hoje nasceu uma nova Espanha”, disse antes de assegurar que “acabou o sistema de turno na Espanha”, em alusão à hegemonia exercida até agora pelo Partido Popular (PP) e pelo Partido Socialista (PSOE) em forma de alternância no poder. Iglesias garantiu que lutará pela “blindagem constitucional dos direitos fundamentais” como a moradia e a educação e a saúde públicas, em alusão a uma eventual reforma da Constituição.

O Podemos, partido criado no início de 2014, surgiu ao calor dos protestos dos indignados de março de 2011 que reivindicavam outra maneira de fazer política, afastada dos partidos tradicionais. Centenas de apoiadores do partido comemoram na frente da sua sede em Madri segurando balões roxos. Inigo Errejon, um dos principais nomes do Podemos, falou aos apoiadores que a Espanha mudou. “Muitas pessoas perderam a confiança nos partidos tradicionais. O bipartidarismo acabou”, declarou.

(Da redação com agências EFE, France-Presse e Estadão Conteúdo)

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