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Destroços do voo MS804 são encontrados perto de Creta, confirma EgyptAir

Restos da aeronave que desapareceu com 66 pessoas a bordo foram localizados perto da ilha grega de Karpathos

Por Da Redação
19 Maio 2016, 12h33

A companhia aérea EgyptAir confirmou em sua conta no Facebook que foram encontrados destroços da aeronave que desapareceu na noite desta quarta-feira com 66 pessoas a bordo. “O Ministério de Aviação Civil do Egito recebeu uma carta oficial do Ministério das Relações Exteriores que confirma a descoberta de destroços da aeronave desparecida MS804, próximo à ilha de Karpathos”, postou a empresa. A ilha grega de Karpathos fica a Leste de Creta.

Além de afirmar que sente muito pelos familiares e amigos das pessoas a bordo, a EgyptAir disse que equipes de investigação seguem em busca de outros fragmentos do avião. A companhia aérea também confirmou no Twitter que os objetos flutuantes encontrados eram provavelmente “destroços, coletes salva-vidas e materiais plásticos”.

Posteriormente, autoridades gregas contestaram a informação de que os que os destroços pertenciam ao voo MS804. Athanassios Binis, chefe do Conselho de Investigação de Acidentes Aéreos e Segurança da Aviação grego, disse à agência AFP que “o que foi encontrado é um pedaço de madeira e tecido, que não pertencem a um avião”. Ele havia comentado a informação na emissora estatal da Grécia ERT1. Aeronaves francesas e gregas continuam realizando a busca por destroços, com o apoio de um avião da marinha americana e diversos navios egípcios.

Mais cedo, o porta-voz do exército da Grécia, Vassilis Beletsiotis, havia dito que dois objetos plásticos, cor de laranja, avistados no mar a 425 quilômetros de Creta poderiam pertencer ao avião. Já o embaixador do Egito na França, Ehab Badawy, declarou à rede de televisão francesa BFM que “a nossa embaixada em Atenas nos disse que foi contatada por autoridades gregas, que assinalaram que encontraram destroços azuis e brancos, correspondentes às cores da EgyptAir”.

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Mapa do acidente com o voo MS804, da EgyptAir, que desapareceu durante voo Paris-Cairo
Mapa do acidente com o voo MS804, da EgyptAir, que desapareceu durante voo Paris-Cairo (VEJA)
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​O voo MS804 da companhia nacional EgyptAir, que fazia o trajeto Paris-Cairo, desapareceu dos radares às 2h39 desta quinta-feira no horário de Paris (21h39 de quarta-feira no horário de Brasília), quando deixava o espaço aéreo grego e entrava no espaço aéreo egípcio. O ministro grego da Defesa grego, Panos Kammenos, informou que a aeronave “fez um giro de 90 graus à esquerda, seguindo de um de 360 ​​graus para a direita, caindo de 37.000 a 15.000 pés”, antes de desaparecer dos radares.

Em função da tragédia, uma reunião ministerial de crise foi convocada pelo presidente francês, François Hollande, para discutir a hipótese de atentado. Tanto a França quanto o Egito são alvos do grupo jihadista Estado Islâmico e os dois países são parceiros políticos e militares na luta contra o extremismo muçulmano.

O chefe do Departamento de Investigação de Ataques Aéreos do Egito, Ayman al-Moqadem, afirmou que o país está formando um comitê oficial para investigar o desaparecimento. Também participarão autoridades da França, que é o país fabricante do Airbus 320 e a segunda nação com maior número de vítimas a bordo. O comitê deve começar as buscas pelas caixas-pretas e outras evidências assim que tiverem acesso a destroços do avião. O Reino Unido e a Grécia também se ofereceram para auxiliar na investigação, disse Moqadem. Porém, ele não confirmou se as ofertas foram aceitas.A fabricante Airbus e as autoridades aeronáuticas da Grécia também confirmaram o desaparecimento do voo MS-804, mas não entraram em detalhes sobre as possíveis causas da queda. Segundo a empresa, o aparelho, registrado sob o número de série MSN 2088, foi entregue à Egyptair em novembro de 2003, portanto não era antigo demais, e era comandado por uma tripulação que tinha 48 mil horas de voo.

Nesta tarde, o assessor de imprensa da Casa Branca Josh Earnest declarou que os Estados Unidos estão oferecendo ajuda aos seus aliados e que não descartam a possibilidade de terrorismo, porém, acreditam que ainda é cedo para dizer o que causou a queda. “Nós vemos um desejo por parte de extremistas pelo mundo, incluindo alguns no Oriente Médio, de realizar ataques tendo como alvo o sistema de aviação internacional. Estamos obviamente cientes dessa hipótese”, afirmou Earnest.

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(Com AFP e Reuters)

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