Aprovação de Bachelet despenca após escândalo envolvendo o filho da presidente
O caso envolvendo Sebastián Dávalos e sua esposa, Natalia Compagnon, afetou a popularidade da presidente chilena, que chegou a 39% em fevereiro
A aprovação de Michelle Bachelet caiu para o pior nível desde o início de seu segundo mandato depois que um escândalo envolvendo seu filho Sebastián Dávalos e sua nora Natalia Compagnon veio à tona. Segundo uma pesquisa da GfK Adimark divulgada nesta terça-feira, a aprovação da presidente em fevereiro chegou a 39%, ficando 5 pontos percentuais abaixo do registrado em janeiro. A desaprovação é de 52%. O apoio ao governo também caiu, ficando em 36%, enquanto a reprovação alcançou 58%.
Dávalos e sua mulher foram acusados de usar suas conexões políticas para ter acesso privilegiado a um financiamento de cerca de 10 milhões de dólares para comprar terras em nome de uma empresa da qual Natalia possui uma participação de 50%. O empréstimo foi negociado durante a campanha eleitoral de 2013 e a concretização ocorreu no dia seguinte à eleição de Bachelet para seu segundo mandato no Palácio La Moneda.
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O caso já tinha levado à renúncia de Dávados ao cargo de diretor da área sociocultural do governo. Ao anunciar sua decisão, ele pediu desculpas pelo prejuízo causado à imagem da presidência, mas negou ter cometido qualquer irregularidade.
Quando a história foi revelada, a presidente estava de férias e assim permaneceu. Ela só falou a respeito dias depois, ao voltar ao Palácio, quando afirmou que soube da história pela imprensa. “Para mim, como mãe e presidente, foram momentos difíceis e dolorosos”, afirmou, para em seguida defender a criação de um marco institucional para “regular de maneira eficaz as relações público-privadas e entre a política e os negócios”.
Quando Bachelet deu a declaração, no final de fevereiro, uma pesquisa semanal do instituto Cadem já indicava uma forte queda de nove pontos percentuais em sua aprovação, que ficou em 31%, contra 54% de desaprovação. O levantamento mensal do instituto apontou queda de 3 pontos percentuais na aprovação da presidente, para 36%, e 50% de desaprovação.
(Da redação)