Polícia prende dois suspeitos de assassinato de deputado
Governo diz que paramilitares de extrema-direita estão por trás do crime. Oposição acusa Maduro de tentar politizar um assassinato 'comum' no país
A polícia da Venezuela prendeu na noite de quarta-feira dois homens acusados de terem ligação com o assassinato de um deputado governista, informou o presidente do país, Nicolás Maduro. O deputado Robert Serra e sua companheira, Maria Herrera, foram mortos a facadas em sua casa há duas semanas, em uma ação que os funcionários do governo definiram como “assassinato planejado cuidadosamente”.
“É um crime para causar comoção no Estado, na sociedade, no país, para levar à violência”, disse Maduro em uma entrevista coletiva, acrescentando que o principal guarda-costas de Serra estava envolvido e que paramilitares de direita da Colômbia participaram do crime. Durante uma transmissão ao vivo pela televisão, o presidente mostrou um vídeo pouco nítido em que apareciam dois homens, um dos quais descrevia seu envolvimento no crime.
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Maduro disse que a polícia está à procura de outros quatro suspeitos e pediu à Interpol que ajude a encontrá-los, se eles deixarem o país. Serra, que tinha 27 anos, ficou conhecido como ativista estudantil e era considerado um líder em ascensão do Partido Socialista Unido da Venezuela, que comanda o país.
Segundo a imprensa local, o assassinato está relacionado a um roubo que ocorreu após uma briga com seus guarda-costas. Os críticos da oposição acusam Maduro de tentar desviar a atenção do problema dos crimes violentos na Venezuela ao atribuir motivos políticos à violência que afeta aliados do alto escalão do governo.
(Com agência Reuters)