Polícia portuguesa reabre o caso Madeleine

A polícia portuguesa vai reabrir a investigação sobre o desaparecimento da menina inglesa Madeleine McCann, arquivado em 2008. Segundo a rede britânica BBC, o gabinete da Procuradoria-Geral do país afirmou em nota, nesta quinta-feira, que “novas evidências” justificam a “continuação da investigação”. O caso havia sido arquivado apenas catorze meses depois do desaparecimento da menina. À época, a polícia portuguesa chegou a apontar os pais de Madeleine, Kate e Gerry McCann, e um britânico chamado Robert Murat, que morava próximo ao local onde a família estava hospedada, como possíveis responsáveis pelo sumiço da garota, mas decidiu encerrar o inquérito por falta de provas. Agora, a previsão é de que os portugueses contemplem outras linhas de investigação e outros suspeitos.

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O inquérito vai ser conduzido paralelamente a uma investigação da Scotland Yard, a polícia britânica. Logo após o anúncio, os pais de Madeleine, afirmaram que estão “muito satisfeitos” com a decisão da polícia portuguesa, e que esperam que a iniciativa “traga as respostas” de que eles “desesperadamente” necessitam, de acordo com informações divulgadas pela rede Sky News. A menina desapareceu em maio de 2007, alguns dias antes de ter completado 4 anos de idade, quando a família McCann passava férias no Algarve, extremo sul de Portugal.

Linhas – O inquérito britânico sobre o caso passou por uma revisão em 2011, a pedido dos pais da menina, e desde então tem considerado outras hipóteses para o desaparecimento. Algumas delas foram divulgadas na semana passada, durante a exibição do programa Crimewatch, da BBC.

Agora, a polícia britânica acredita que o desaparecimento de Madeleine foi um sequestro premeditado. Dois retratos falados digitalizados de um novo suspeito foram divulgados pela polícia. Segundo testemunhas, o homem foi visto carregando uma criança loira, de 3 ou 4 anos de idade, possivelmente vestindo um pijama, perto do apartamento que a família McCann ocupava no resort na Praia da Luz.

Outra linha de investigação está voltada para o aumento no número de roubos a residências na área. Entre janeiro e maio de 2007, o número de casos quadruplicou na região, e Madeleine poderia ter atrapalhado uma dessas ações criminosas. No local em que a família estava hospedada, dois incidentes ocorreram nos dias que antecederam o desaparecimento da menina britânica. A polícia também analisa falsos coletores de contribuições beneficentes atuando na região.