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Líder do Sinn Fein é preso por envolvimento em crime de 1972

A polícia da Irlanda do Norte prendeu Gerry Adams como parte da investigação de um assassinato cometido pelo Exército Republicano Irlandês

Por Da Redação
30 abr 2014, 21h48

A polícia da Irlanda do Norte prendeu nesta quarta-feira Gerry Adams, líder do Sinn Fein, partido republicano irlandês. A prisão ocorreu como parte da investigação da morte de Jean McConville, uma viúva de 37 anos e mãe de dez filhos que foi sequestrada e assassinada pelo Exército Republicano Irlandês (IRA) em 1972. Em comunicado, ele afirmou ter se apresentado à polícia de forma voluntária.

Jean foi morta em Belfast após ser considerada uma informante que teria espionado para as forças de segurança britânicas na Irlanda do Norte. “Alegações maliciosas foram feitas contra mim, e eu as rejeito”, afirmou Adams, no comunicado. “Eu considero que o assassinato de Jean McConville e seu enterro clandestino foi algo errado e uma grave injustiça a ela e a sua família”.

O IRA só admitiu ter matado a viúva em 1999, quando assumiu a responsabilidade pela morte de outros civis há muito tempo desaparecidos. Antes disso, o grupo afirmara que Jean havia fugido para a Inglaterra e abandonado os filhos. O corpo da vítima foi encontrado em 2003, em uma praia no condado de Louth, que Adams agora representa no Parlamento da Irlanda.

Adams foi envolvido no crime por dois veteranos do IRA que concederam entrevistas a pesquisadores da Universidade de Boston, nos Estados Unidos. Os testemunhos só seriam divulgados após a morte dos entrevistados, mas a polícia da Irlanda do Norte conseguiu acesso a parte do material. Um dos veteranos afirmou que Jean foi morta por ordem do líder do Sinn Fein e que ele supervisionava uma unidade especial do IRA que identificava, assassinava e escondia os corpos de suspeitos de espionagem. Uma investigação independente da ouvidoria da polícia da Irlanda do Norte em 2006 concluiu que não havia indícios de que Jean havia agido como espiã.

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Como líder do braço político do IRA, o Sinn Fein, Adams foi proibido de falar na televisão britânica na década de 1980. No final dos anos 1990, ele ajudou a fechar um acordo de paz com o objetivo de encerrar três décadas de conflitos entre militantes católicos que buscavam a fusão com a República da Irlanda e protestantes que queriam continuar a fazer parte do Reino Unido. Desde então, o papel de Adams na política cresceu.

A prisão de Adams deve ter implicações na República da Irlanda, onde ele lidera o segundo maior partido de oposição e faz campanha contra as medidas de austeridade do governo. Ele também está em campanha pelos candidatos do Sinn Fein para as eleições ao Parlamento Europeu, no final de maio. Adams afirma que sua detenção tem motivação política.

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