Partidos da oposição russa se unem para enfrentar aliados de Putin

Uma das legendas a anunciar a aliança foi fundada por Boris Nemtsov, morto a tiros, em fevereiro deste ano, no meio da rua, na capital Moscou

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 21h35 - Publicado em 17 abr 2015, 23h54

(/VEJA)

Continua após publicidade

Dois partidos de oposição ao governo russo anunciaram nesta sexta-feira uma fusão visando às eleições parlamentares de 2016. O RPR-Parnas, fundado pelo ex-vice-primeiro-ministro Boris Nemtsov, assassinado em fevereiro em circunstâncias suspeitas, unirá forças com o Partido do Progresso, criado pelo influente ativista Alexei Navalny. Por meio de uma nota conjunta, as legendas instaram os demais opositores a “consolidar uma plataforma comum e que rejeite as mentiras, corrupção e agressões”.

Opositores dizem que alegação religiosa para morte de Nemtsov é absurda

Continua após a publicidade

Horas após o anúncio feito pelos partidos, Mikhail Kasyanov, uma das atuais lideranças do RPR-Parnas, disse que a legenda Escolha Democrática, comandada por um ex-ministro da Energia, havia concordado em se unir à nova chapa opositora. “Esperamos que nosso movimento siga adiante e que outros partidos de oposição se juntem a nós”, disse Kasyanov. As legendas pretendem concorrer juntas nas eleições regionais deste ano para formar uma base forte para o pleito de 2016.

Morto a tiros na capital Moscou, no meio da rua, Nemtsov era uma das principais vozes de oposição ao presidente de Vladimir Putin. Críticos chegaram a acusar o governo de estar por trás do assassinato. As autoridades russas prenderam Zaur Dadaev, um policial checheno, e outras quatro pessoas suspeitas de participação no crime. A polícia disse em um primeiro momento que Dadaev havia confessado o assassinato. O checheno, no entanto, voltou atrás nas declarações e afirmou que foi torturado para que admitisse o crime.

(Da redação)