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Parlamento do Iraque aprova formação de novo governo

Novo gabinete busca unir o país em meio à ofensiva de terroristas sunitas

Por Da Redação
8 set 2014, 20h28

O Parlamento do Iraque nomeou oficialmente Haider al Abadi como o novo primeiro-ministro do país na tarde desta segunda-feira, dando um passo importante para a formação de um governo de união nacional. Os parlamentares também aprovaram a maioria dos nomes indicados para o gabinete de Al Abadi. Só os postos de ministro da Defesa e do Interior não foram preenchidos, por falta de acordo para as nomeações. Al Abadi pediu uma semana adicional para indicar novos nomes para os cargos. Dos 289 legisladores que compareceram à sessão, 177 se pronunciaram a favor do programa de governo de Abadi.

O novo governo foi aprovado em meio à pressão crescente pela formação de uma administração que possa conter o avanço dos terroristas sunitas do Estado Islâmico (EI). Al Abadi foi escolhido para o cargo em agosto pelo presidente Fouad Massoum. Xiita, Abadi passou mais de duas décadas no exílio por fazer oposição ao governo do ditador Saddam Hussein. Dois irmãos seus chegaram a ser executados pelo regime. Ele só voltou ao Iraque após a invasão americana de 2003. Nos anos seguintes, ocupou vários postos do governo, como a chefia do ministério das Comunicações e a vice-presidência do Parlamento. Considerado um moderado, tem apoio dos curdos e até de alguns setores sunitas, além do apoio dos EUA e do Irã.

Os ex-primeiros-ministros Nouri al Maliki e Ayad Allawi, além do ex-porta-voz do Parlamento Osama al-Nujeifi, foram apontados vice-presidentes, cargo de caráter cerimonial. Al Maliki, que foi primeiro-ministro no Iraque nos últimos oito anos, cedeu o posto ao seu substituto no dia 14 de agosto, dando fim a um impasse político que afundou o país na incerteza. Durante semanas, al Maliki insistiu em continuar no cargo, enquanto opositores tentavam destituí-lo, acusando-o de monopolizar o poder e de defender uma agenda pró-xiita que alienava a minoria sunita.

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Ministério – Os outros nomes aprovados pelo parlamento são o do político curdo e ex-ministro das Relações Exteriores Hoshyar Zebari como um dos três vice-primeiros-ministros. Os outros são o deputado Bahae al Arayi, pertencente à corrente do poderoso clérigo xiita Moqtada al-Sadr, e Saleh al Mutlaq, figura sunita de destaque da coalizão Al Arabiya.

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O primeiro chefe de governo após a invasão americana em 2003, o xiita Ibrahim al Jaafari, foi designado para o Ministério das Relações Exteriores e Adel Abdel Mahdi, do grupo do clérigo xiita Amar al Hakim, para a pasta do Petróleo. Os outros ministros são Mohammed al Omar (Alimentação), Mayd al Bayati (Direitos Humanos), Salah Zeidan (Agricultura), Nasser Isaui (Indústria), Haidar al Zamli (Justiça), Ali al Shahrastani (Ensino Superior), Abdelhusein Abtan (Juventude e Esporte), Abdelkarim Ailan (Cidades), Mohammed al Sudani (Trabalho), Adila Hammoud (Saúde), Qasem al Fahdaui (Energia), Qatiba al Jabouri (Meio Ambiente), Kazem al Rashed (Telecomunicações), Mas al Hosseini (Comércio), Fares Yaryu (Ciências e Tecnologia), Baqer Zubeidi (Transporte) e Tariq Hatif (Habitação).

(Com agências EFE, France-Presse e Estadão Conteúdo)

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