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Parlamento de Hong Kong rejeita plano eleitoral da China

Proposta permitiria eleições com voto universal, mas apenas com candidatos pré-aprovados por Pequim. Interferência chinesa na política local causou onda de protestos no ano passado

Por Da Redação
18 jun 2015, 05h19

O parlamento de Hong Kong rejeitou nesta quinta-feira a reforma eleitoral proposta pela China, que permitiria pela primeira vez eleições com voto universal para o Executivo local – desde que com candidatos aprovados previamente por Pequim. A rejeição representa um ato de desafio a Pequim dos parlamentares pró-democracia. A oposição da população de Hong Kong à interferência chinesa na política local levou milhares de pessoas às ruas no ano passado, em uma série de protestos pacíficos que ficou conhecida como “revolução dos guarda-chuvas”.

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Apesar da pressão popular e das manifestações, a China não alterou sua proposta, que acabou derrotada pelos parlamentares depois de intensos debates que começaram ainda na quarta-feira. A proposta de reforma política precisava de dois terços dos votos dos 70 membros do Legislativo de Hong Kong. Quando os debates indicavam que a medida seria rejeitada, parte dos mais de 30 parlamentares ligados ao governo simpático a Pequim deixaram o plenário. Com a debandada, o placar oficial da votação ficou em 28 votos contra e 8 a favor. Do lado de fora do Parlamento, militantes pró-democracia comemoraram o resultado.

A parlamentar pró-China Regina Ip, uma das poucas que continuaram no plenário, pediu desculpas pela ausência de seus colegas durante a votação e atribuiu a causa a um problema de comunicação.

Antes da votação, legisladores contrários às eleições com candidatos pré-aprovados por Pequim ressaltaram o caráter antidemocrático da proposta chinesa. “Que o mundo veja que não somos tolos”, declarou a deputada Claudia Mo. “Se vocês querem ser fiéis ao significado de democracia e sufrágio universal, não temos outra opção além de votar contra.” Outro político contrário à China, Alan Leong completou: “A mensagem que enviamos é que os cidadãos de Hong Kong não aceitam a paródia de democracia”.

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Parlamentares favoráveis à reforma, por outro lado, argumentavam que a proposta seria uma evolução significativa em relação ao atual modelo, onde o chefe do Executivo de Hong Kong é eleito por um comitê formado por 1.200 pessoas que representam setores diversos da sociedade – a maioria delas pró-China. Depois da votação, parlamentares pró-democracia comemoraram o resultado abrindo um guarda-chuva amarelo dentro do plenário.

Embora Hong Kong seja parte da China, a cidade é governada como uma região especial administrativa, o que significa o direito a um sistema legal independente e certas liberdades civis que não são concedidas na China continental, como maior liberdade de expressão.

(Com agência France-Presse)

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