Parlamento da Ucrânia aprova pacote anticorrupção
Casa também aprovou reforma do Ministério Público e aprovou escolha do novo ministro da Defesa
O Parlamento da Ucrânia aprovou nesta terça-feira um pacote para combater a corrupção, aumentar a transparência e reformar o Ministério Público do país, como parte de esforços para convencer a União Europeia de que o país está tentando modernizar suas instituições. A aprovação ocorreu a menos de duas semanas das eleições parlamentares.
Uma das leis apoiadas por 278 dos 303 parlamentares criou um departamento anticorrupção. Outras propostas aprovadas combatem esquemas de lavagem de dinheiro e aumentam a transparência de corporações. Agora, membros do governo, do judiciário e da polícia vão ter que declarar seus bens a um comitê. Já a reforma do Ministério Público tem o objetivo de acabar com o uso político da instituição, que foi usada nos últimos anos por caciques políticos para perseguir adversários.
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O parlamento também aprovou a indicação do chefe da Guarda Nacional, o general-coronel Stepan Poltorak, para o cargo de ministro da Defesa. O militar, que foi nomeado na segunda-feira pelo presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, recebeu 245 votos a favor dos 306 deputados que integram o legislativo. Ainda na segunda, Poroshenko aceitou a renúncia do general Valeri Gueletei do comando da Defesa do país. Ele ficou pouco mais de três meses no cargo, a fase mais violenta do conflito armado com os separatistas pró-Rússia da região leste do país.
Protesto – A votação do pacote, no entanto, não foi livre de incidentes. Manifestantes e policiais entraram em confronto em frente ao Parlamento, em Kiev. O protesto foi motivado por outra proposta votada nesta terça-feira, que tinha como objetivo reconhecer como heróis nacionais os membros do Exército Insurgente, um antigo grupo de nacionalistas que lutou contra os soviéticos e poloneses nos anos e 40 e colaborou com as forças nazistas durante a II Guerra Mundial.
Homens mascarados atacaram e atiraram bombas de fumaça contra policiais alinhados no lado de fora do Parlamento após os congressistas votarem contra a proposta de exaltar o Exército Insurgente. Segundo o Ministério do Interior, 36 pessoas foram detidas.
(Com agências Reuters, EFE e France-Presse)