EUA: relatório da ONU endossa tese de responsabilização de Assad
França e Grã-Bretanha também deram declarações responsabilizando o regime sírio por ataque químico que deixou mais de 1.400 mortos em 21 de agosto
Por Da Redação
16 set 2013, 21h01
A Casa Branca considerou nesta segunda-feira que o relatório da ONU confirmando o uso de armas químicas no ataque do dia 21 de agosto na Síria endossa o argumento do governo americano que o regime de Bashar Assad foi responsável pelo massacre.
O esforço em culpar o ditador, porém, não constitui uma ameaça real de intervenção por parte dos Estados Unidos – que insistem na necessidade de manter a pressão sobre Assad enquanto um acordo para destruição do arsenal químico do país é costurado por vias diplomáticas.
Os EUA só têm a perder caso decidam intervir militarmente no conflito sírio: de um lado está Assad e os xiitas do Irã e do Hezbollah, do Líbano; e do outro, vários grupos rebeldes, incluindo terroristas da Al Qaeda e extremistas salafistas.
Continua após a publicidade
Mesmo com esse cenário intrincado, potências ocidentais teimam em apontar o dedo para Assad. Além dos EUA, França e Grã-Bretanha repetiram o discurso nesta segunda.
Em comunicado, a conselheira de segurança nacional Susan Rice afirmou que os indícios técnicos que constam do relatório, incluindo o detalhe de que o gás sarin usado era de alta qualidade e que um foguete específico foi usado no ataque, são significativos.
A conclusão, ela disse, “reforça nossa avaliação de que os ataques foram realizados pelo regime sírio, uma vez que só ele tem a capacidade de conduzir um ataque desta forma”.
Continua após a publicidade
A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Samantha Power, reiterou que não há dúvidas para os EUA sobre a responsabilidade de Assad. “Os detalhes técnicos deixam claro que só o regime poderia ter realizado esse ataque de larga escala”.
O ministro de Relações Exteriores da Grã-Bretanha, William Hague, deu uma declaração no mesmo sentido. Ele disse que a dimensão do ataque e o resultado dos testes feitos em amostras indicam que “o regime sírio é a única parte que poderia ser responsável”.
Também o governo francês culpou Assad. “Quando olhamos os dados, as quantidades de gás tóxico utilizadas, a complexidade das misturas, a natureza e a trajetória dos vetores, não resta nenhuma dúvida sobre a origem do ataque”, disse o ministro de Relações Exteriores, Laurent Fabius.
O relatório dos investigadores da ONU que estiveram no subúrbio de Damasco em busca de amostras para verificar se, de fato, um ataque químico havia ocorrido na região constatou que há “provas flagrantes e convincentes” da utilização de gás sarin. “Armas químicas foram utilizadas em escala relativamente grande no conflito sírio contra civis, incluindo crianças”. Afirma o texto.
O ataque de 21 de agosto, que deixou mais de 1.400 mortos segundo a Casa Branca, foi perpetrado com “mísseis solo-solo contendo gás sarin”. O documento não indica responsáveis. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, qualificou o ataque de “crime de guerra”.
Continua após a publicidade
O governo sírio nega ter usado armas químicas contra a população e culpa os rebeldes pelos ataques.
Publicidade
Giro VEJA - sexta, 19 de abril
A votação de pautas-bomba na Câmara e a crise entre Israel e Irã
O deputado federal Dr. Luizinho, líder do PP na Câmara, afirmou em entrevista ao programa Três Poderes que existe de fato um problema entre o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o presidente Arthur Lira, mas que cabe ao presidente da República reconstruir essa relação. Dr Luizinho também falou sobre as chamadas pautas-bomba. Trabalhos na Câmara, entrevista com o embaixador do Brasil no Irã e julgamento que trata sobre bloqueio de aplicativos no STF são destaques do Giro VEJA.
Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
a partir de R$ 2,00/semana*
ou
Impressa + Digital
Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
a partir de R$ 39,90/mês
*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.
PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis CLIQUE AQUI.