O Papa Francisco homenageou neste sábado 1,5 milhão de armênios massacrados em 1915, em evento que ele classificou como genocídio. O pontífice, em seu segundo dia de visita à Armênia, fez pela manhã uma parada no Tzitzernakaberd, o “Memorial e Museu do Genocídio”, uma estrutura circular de granito que envolve uma chama eterna em uma montanha ao lado da capital armênia.
Claramente tocado pela situação, o papa participou de uma oração ao lado do presidente armênio, Serzh Sarksyan, e líderes da Igreja Apostólica Armênia.
“Aqui eu rezo, com dor no meu coração, para que nunca mais haja tragédias como esta, para que a humanidade não esqueça e saiba como superar o mal com o bem”, escreveu Francisco no livro de visitas, em italiano.
A Turquia admite que muitos cristãos armênios que viviam no império otomano foram mortos em combates contra as forças otomanas durante a Primeira Guerra Mundial, mas contesta os números e nega que as mortes tenham sido sistematicamente planejadas e constituem um genocídio. De acordo com o país, muitos turcos muçulmanos também morreram na época.
“Não há por que não usar essa palavra nesse caso”, disse o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, na noite de sexta-feira. “A realidade é clara e nunca a negamos.”
(Reuters)