O papa Francisco chegou pouco depois das 9h30 (horário de Brasília) à Praça da Revolução de Havana para celebrar sua primeira missa em Cuba. A bordo do papa-móvel, o pontífice realizou um percurso entre milhares de fiéis. A multidão, com muita gente vestida de branco, agitava bandeiras de Cuba e do Vaticano na praça, enquanto chegavam também dezenas de padres e freiras.
Após verem o papa desempenhar papel fundamental na reconstrução histórica das relações entre Estados Unidos e Cuba, os habitantes da ilha esperam que Francisco possa estimular maior abertura econômica e política, e fomentar o respeito aos direitos humanos em um país governado há décadas pela ditadura comunista dos irmãos Castro.
“A viagem é uma fonte de esperança. Este é um povo otimista, mas com grande sofrimento depois de muitos anos”, disse Benito Espinoza, de 41 anos, um biólogo que chegou à praça antes do amanhecer.
Francisco, o primeiro papa latino-americano, desembarcou sábado em Havana para uma visita que também o levará a cidades do interior.
O papa instou Cuba e os Estados Unidos a avançarem no que ele chamou de “reconciliação”, afirmando que os esforços dos dois países são um exemplo para o mundo. Ele também observou a necessidade de que “a igreja continue a acompanhar e encorajar o povo cubano em suas esperanças e suas preocupações”.
O papa se reunirá neste domingo com o presidente Raul Castro, e é possível que se encontre, fora da agenda, com o ditador Fidel Castro.
Na segunda-feira ele viaja para as cidades de Holguín e Santiago de Cuba, no oeste do país, onde vai oficiar missa e reunir-se com religiosos. Na terça-feira parte para os Estados Unidos, onde se reunirá com o presidente Barack Obama e participará da Assembleia Geral da ONU, em Nova York.
(Com agências Reuters e EFE)