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Papa diz em livro que se considera tão pecador quanto um preso

Obra que reúne relatos de Francisco começará a ser vendida na terça-feira. Nela, pontífice faz relato pessoal sobre a misericórdia de Deus

Por Da Redação
10 jan 2016, 10h40

Em livro que começará a ser vendido na próxima terça-feira, o papa Francisco afirma que se considera tão pecado quanto os condenados à prisão. A obra O nome de Deus é Misericórdia traz entrevistas do pontífice em tom pessoal e será publicada em 86 países, incluindo o Brasil.

Na longa reflexão sobre o perdão concedido por Deus, tema central do Jubileu da Misericórdia iniciado em 8 de dezembro, Francisco afirma que “a Igreja condena o pecado porque deve dizer a verdade. Ao mesmo tempo abraça o pecador que se reconhece como tal”. O papa é um homem que precisa da misericórdia de Deus, diz o pontífice.

Francisco espera que o Jubileu permita redescobrir a Igreja como uma estrutura ágil de intervenção rápida, na qual se pratica uma medicina de urgência.

Nas respostas às perguntas do vaticanista italiano Andrea Tornielli, o papa incide mais uma vez em sua relação especial com os presos, que já visitou diversas vezes nas penitenciárias. Ele afirma que se sente unido aos condenados porque é consciente de que também é um pecador. Francisco revela que a cada vez que entra em uma prisão se questiona por quê eles e não eu.

Destaca, ainda, que a vergonha é um dom. “Quando se sente de verdade a misericórdia de Deus, você fica com vergonha, ao perceber que, apesar de nossa história de miséria e pecado, Ele continua nos sendo fiel, afirma o pontífice”. Uma ideia é ressaltada: “A vergonha permite que a pessoa reconheça que o que faz é um erro, com o que evita cair na tentação do corrupto que se cansa de pedir perdão”, explica.

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Francisco faz também duras críticas à corrupção, a exemplo de declarações anteriores. “O corrupto não conhece a humildade, não sente necessidade de ajuda, leva uma vida dupla”, diz. Segundo o papa, o corrupto é quem peca, não se arrepende e finge ser cristão. “Quem lamenta a pouca segurança nas ruas, mas depois engana o Estado evadindo impostos”.

Sobre os homossexuais, ele afirma que não devem ser marginalizados e lembra suas famosas palavras pronunciadas no voo de volta da JMJ, no Rio de Janeiro, a Roma em 2013 quando disse: “Quem sou eu para julgar? Prefiro que as pessoas homossexuais venham se confessar, que fiquem próximas do Senhor, que possamos rezar juntos”. O papa ressalta que uma pessoa não é definida apenas por sua tendência sexual. “Não esqueçamos que somos todos criaturas amadas por Deus, destinatárias de seu infinito amor”, prossegue.

(Com agência France-Presse)

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