Países islâmicos discutem crise humanitária na Somália
Encontro visa discutir o risco de essa situação atingir os países africanos
Os ministros de Relações Exteriores dos 57 estados-membros da Organização da Conferência Islâmica (OCI) se reúnem nesta quarta-feira de forma extraordinária em Istambul para tratar sobre a grave situação de crise de fome que atinge a Somália. O encontro estava marcado para as 14 horas no horário local (8 horas de Brasília) e seria dirigido pelo primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan; o presidente da Somália, Sheikh Sharif Ahmed, e o secretário-geral da OCI, o turco Ekmeleddin Ihsanoglu.
“Vamos discutir a catastrófica crise humanitária na Somália e seu risco para os países africanos. Também se discutirá a deterioração da situação humanitária na Somália e como mobilizar apoio adicional para enfrentar as consequências da crise de fome”, explicou a organização em comunicado. Espera-se que ao fim da reunião, o ministro de Relações Exteriores turco, Ahmet Davutoglu, conceda entrevista na qual anuncie compromisso para que os doadores aumentem ajudas à Somália.
Diplomacia – A reunião extraordinária foi convocada pela Turquia, que nos últimos anos aumentou suas relações com a África, um continente do qual esteve ausente durante sua história republicana, mas com o qual é unido por laços históricos da época do Império otomano. De fato, as ONGs turcas atuaram no Chifre da África no mês do Ramadã, para tentar diminuir os efeitos da crise de fome, que afeta quase 4 milhões de somalis.
Segundo o governo turco, durante este mês, os cidadãos do país doaram 202 milhões de liras turcas (79 milhões de euros) para ajudar à África. O governo turco anunciou nesta quarta-feira que enviará 50.000 toneladas de farinha de trigo à África, informou a agência de notícias estatal Anadolu. Na quinta-feira à noite, Erdogan viajará à Somália com o ministro de Relações Exteriores e o presidente somali.
(Com agência EFE)