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Otan deixa porta aberta para entrada da Ucrânia na aliança

Kiev manifestou seu desejo de se aproximar da aliança militar ocidental, sinalizando que pode pedir formalmente apoio para combater separatistas

Por Da Redação
29 ago 2014, 10h39

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Anders Fogh Rasmussen, afirmou nesta sexta-feira que a organização está aberta para a entrada da Ucrânia. Rasmussen disse que a organização respeitará a decisão do parlamento ucraniano, que definirá se o país abandonará a política anterior e ingressará na Otan. “Não vou interferir nas discussões políticas da Ucrânia, mas me permita recordar a decisão tomada pela Otan na cúpula de Bucareste, em 2008, por meio da qual a Ucrânia se tornará um membro da Aliança Atlântica se assim o desejar e cumprir os critérios necessários”, explicou Rasmussen. O secretário-geral acusou a Rússia de “intervenção flagrante e ilegal” no leste da Ucrânia.

Pouco depois das declarações de Rasmussen, a Ucrânia comunicou, também nesta sexta que vai buscar a proteção da Otan, diante do que o governo ucraniano e seus aliados ocidentais afirmam ser uma participação aberta dos militares russos na guerra separatistas nas províncias do leste do país. A filiação formal da Ucrânia à aliança militar ocidental, que implicaria a proteção integral de um pacto de defesa mútua com a superpotência Estados Unidos, continua a ser uma possibilidade improvável, pelo menos num futuro próximo. Mas ao anunciar que está buscando isso, o governo ucraniano adota seu passo mais decisivo até agora para obter proteção militar ocidental.

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Moscou nega que as suas forças estejam lutando para apoiar os separatistas pró-Rússia que declararam independência em regiões do leste da Ucrânia, mas os rebeldes praticamente confirmaram esse suporte, ao dizerem que milhares de soldados russos lutaram em seu nome enquanto “estavam de licença”. A chegada de colunas de blindados de tropas russas em uma nova frente aberta nos últimos dias tem desequilibrado a balança em favor dos rebeldes, após semanas em que as forças da Ucrânia pareciam estar levando vantagem.

O primeiro-ministro ucraniano, Arseny Yatseniuk, disse em uma reunião do governo nesta sexta-feira que o gabinete iria “levar ao Parlamento uma lei para acabar com o status de não alinhado do Estado ucraniano e definir um rumo para a adesão à Otan”. Se a Otan ampliar seu pacto de defesa mútua para incluir a Ucrânia, essa seria a maior mudança na arquitetura de segurança da Europa desde a década de 1990. Apesar da preocupação da Otan com a situação na Ucrânia, a aliança de 28 nações tem dito repetidamente que não tem intenção de intervir militarmente para proteger o país, que não é obrigada a defender, por não ser um dos membros.

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Novas sanções – O governo alemão voltou a falar em endurecimento das sanções econômicas e diplomáticas contra a Rússia, medidas que devem ser anunciadas amanhã em Bruxelas, durante uma reunião de cúpula entre líderes europeus. “Esperamos que a Rússia dê explicações após as diversas informações sobre a passagem ilegal de soldados russos pelas fronteiras ucranianas, que acabam constituindo uma intervenção militar”, declarou o porta-voz do governo alemão, Steffen Seibert, em uma coletiva de imprensa em Berlim.

(Com agências France-Presse e Reuters)

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