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Oposição venezuelana diz que militares garantirão posse do novo Parlamento

O novo presidente do Parlamento disse que a oposição recebeu informações "positivas" dos militares sobre impedir a ação de "grupos violentos" ligados ao partido do governo

Por Da Redação
5 jan 2016, 07h01

Políticos opositores venezuelanos acreditam que as Forças Armadas garantirão a instalação da nova Assembleia Nacional, que passará, nesta terça-feira, ao controle da oposição, impedindo que “grupos violentos” intimidem os deputados – disse Henry Ramos Allup, que presidirá o novo Parlamento. “Estamos convencidos de que a Força Armada Nacional garantirá o cumprimento de um ato previsto na Constituição”, disse em entrevista coletiva Ramos Allup, eleito pela opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) para substituir na chefia do Legislativo o número dois do chavismo, Diosdado Cabello.

O veterano dirigente disse que uma comissão opositora recebeu informações “positivas” das autoridades militares sobre impedir a ação de “grupos violentos” ligados ao partido do governo. Ramos Allup garantiu que a força militar velará pela segurança nos arredores e na entrada da Assembleia. A instalação do novo Parlamento, dominado pela oposição após quase 17 anos de domínio chavista, se dará em um clima de forte tensão. A MUD convocou a população para “acompanhar” seus deputados em uma marcha ao Congresso nesta terça-feira, mas os chavistas também decidiram se manifestar com um ato de “combate permanente nas ruas” para “vencer” a oposição de “direita fascista”.

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Ramos Allup denunciou que o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, usa “palavras destemperadas” que têm “instigado” a mobilização de grupos criminosos. “Se isso degenerar em atos de violência, saberemos quem são os responsáveis”, sentenciou. Ramos Allup disse ainda que “nenhuma sentença do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) pode suspender uma totalização que já se produziu”, ratificando a decisão da MUD de desafiar o TSJ e dar posse aos 112 deputados opositores. O TSJ suspendeu temporariamente a diplomação de três deputados da MUD eleitos pelo estado do Amazonas (sul), o que poderá impedir sua posse nesta terça-feira, ameaçando a maioria qualificada de dois terços (112 de 167 cadeiras) da oposição.

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Preocupação – Os Estados Unidos expressaram nesta segunda sua preocupação por considerar que o governo da Venezuela “interfere” no Parlamento eleito no pleito do último dia 6 de dezembro. “Continuamos pedindo respeito à vontade do povo e à separação de poderes no processo democrático. Acreditamos que o diálogo político é o melhor caminho para abordar os sérios desafios que enfrenta o povo da Venezuela”, disse o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, John Kirby. O porta-voz evitou “especular sobre futuras decisões que podem ser tomadas ou não” a respeito da situação na Venezuela.

Mas Kirby aproveitou para pedir aos demais países da região que se pronunciem defesa dos valores democráticos na Venezuela. O senador Robert Menéndez, de origem cubana, pediu em carta a Obama uma série de medidas para garantir que o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, respeite o resultado eleitoral das eleições parlamentares de 6 de dezembro. Menéndez, senador por Nova Jersey e membro do Comitê de Relações Exteriores, afirmou na carta que “o regime de Maduro está dando passos para minar qualquer transição política significativa”.

(Da redação)

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