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ONU faz um apelo em favor das crianças sírias

Pelo menos metade dos mais de 2 milhões de refugiados é composta por crianças que vivem sem acesso à educação e à saúde

Por Da Redação
29 nov 2013, 08h40

A ONU advertiu em um relatório publicado nesta sexta-feira que as crianças, metade dos 2,2 milhões de refugiados sírios, estão em situação de risco, traumatizadas e privadas de condições de educação e saúde satisfatórias. “Se não agirmos rapidamente, uma geração de pessoas inocentes será sacrificada por causa desta guerra terrível”, alertou o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), António Guterres, ao apresentar o primeiro estudo abrangente conduzido pelo Acnur sobre as crianças sírias desde o início do conflito, em março de 2011. “O mundo precisa agir para salvar da catástrofe uma geração de crianças sírias traumatizadas, isoladas e cercadas pelo sofrimento”, complementou a enviada especial do Acnur, a atriz Angelina Jolie.

De acordo com o relatório, cerca de 294 300 crianças sírias encontraram refúgio na Turquia, 385 000 no Líbano, 291 200 na Jordânia, 77 120 no Iraque, 56 150 no Egito e mais de 7 600 na África do Norte. Mais de 3 700 das crianças refugiadas estão desacompanhadas ou foram separadas de seus pais. Além disso, mais de 70 000 famílias de refugiados sírios vivem sem o pai.

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Os autores do estudo, que puderam entrevistar crianças sírias apenas na Jordânia e no Líbano, dizem ter recebido informações sobre meninos treinados para lutar quando retornarem para a Síria. Além disso, constataram que muitas famílias de refugiados sem recursos financeiros enviam seus filhos para trabalhar e garantir a sua sobrevivência.

Trabalho infantil – Na Jordânia e no Líbano, os pesquisadores descobriram que as crianças, algumas com apenas 7 anos de idade, enfrentam longas horas de trabalho em troca de baixos salários e, muitas vezes, em condições perigosas. No campo de refugiados jordaniano de Zaatari, a maioria dos 680 pequenos comércios emprega crianças.

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E um estudo realizado em onze das doze províncias da Jordânia mostra que quase um em cada dois familiares de refugiados sobrevive em parte ou totalmente graças ao salário de uma criança. Como resultado, a maioria das crianças sírias no exílio não vai à escola. Mais da metade das crianças em idade escolar que vivem na Jordânia não frequentam salas de aulas.

No Líbano, cerca de 200 000 crianças refugiadas sírias em idade escolar podem permanecer até o final de 2013 sem acesso à educação. Outro sintoma que tem provocado grande preocupação é o grande número de bebês nascidos no exílio sem certidão de nascimento – um documento essencial para garantir que eles possam ser reconhecidos como sírios no futuro.

Após mais de dois anos de um conflito que fez mais de 120 000 mortos, o Acnur faz um apelo à comunidade internacional para apoiar os países vizinhos da Síria para manter suas fronteiras abertas e melhorar seus serviços de atendimento às vítimas do conflito. António Guterres pede ainda a outros países que ofereçam mais habitações e admitam, por razões humanitárias, as famílias de refugiados com crianças.

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