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ONU: Comprar só o necessário é a chave para erradicar a fome até 2030

Aprimorar a conservação nos países em desenvolvimento e conscientizar o Ocidente sobre a necessidade de consumo responsável é a receita para acabar com o desperdício

Por Da Redação
8 abr 2016, 10h32

Erradicar a fome em 2030 pode parecer uma utopia, mas o Programa Mundial de Alimentos (PMA) da Organização das Nações Unidas (ONU) tem uma estratégia para atingir a meta: combater os efeitos da mudança climática, formar as comunidades vulneráveis e convencer as sociedades desenvolvidas sobre a necessidade de um consumo responsável. “Como clientes, sabemos que compramos muito mais do que podemos consumir. Precisamos de um novo compromisso, que nasça de nós mesmos, para comprar o que necessitamos ao invés do que queremos”, afirmou em entrevista a diretora-executiva do programa das Nações Unidas, Ertharin Cousin.

Com o verbo educar enraizado em seu discurso, Cousin, que assumiu a direção do PMA em abril de 2012, tem consciência de que a equação da fome tem muitas incógnitas: “É um problema que pode ter diferentes respostas dependendo de cada comunidade”. Se nos países desenvolvidos os alimentos são jogados no lixo por datas de vencimentos muito curtas, por estarem mal empacotados ou, simplesmente, por uma aparência inadequada, nos locais onde há fome o desafio é exatamente a conservação. “Na África Subsaariana, 40% das colheitas são perdidas pela falta de armazenamento e refrigeração adequadas. Esses problemas também existem na América Latina”, apontou a diretora do PMA.

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Aprimorar os sistemas de conservação nos países em desenvolvimento e conscientizar o Ocidente sobre a necessidade de um consumo responsável é uma receita simples para acabar com o desperdício. Pôr fim a essa prática, porém, é o primeiro passo para erradicar a fome em 2030. “Dá para acabar com a fome em 2030? A resposta é sim. Não é um sim fácil, é um sim que requer que toda a comunidade internacional não só se comprometa, mas que invista recursos para apoiar as mudanças necessárias e que as comunidades rurais se adaptem à mudança climática”, destacou a diretora-executiva do PMA.

Desnutrição e higiene – Colocar o foco da ajuda contra a desnutrição das grávidas e das crianças também é uma das etapas a serem vencidas, destacou Cousin. “Temos que mudar suas rotinas higiênicas, conscientizando as populações vulneráveis do quão importante é, por exemplo, lavar as mãos”, disse a diretora-executiva do PMA, que comanda um esquadrão de 13.500 pessoas para lutar contra a fome em 80 países. Mais de 80 milhões de pessoas são atendidas pelos programas da ONU, dos quais 80% residem em zonas vulneráveis à mudança climática, onde as inundações e as secas são tão perigosas como as guerras.

(Com agência EFE)

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