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ONU alerta para risco de ‘massacre’ em cidade iraquiana

Amerli, no norte do país, foi sitiada por terroristas do Estado Islâmico

Por Da Redação
23 ago 2014, 19h47

As Nações Unidas fizeram um chamado à ação para evitar um possível massacre em Amerli, no norte do Iraque. O representante especial em Bagdá, Nickolay Mladenov, disse estar “seriamente alarmado” pelos relatos sobre as condições dos moradores da cidade. Os 20.000 habitantes de Amerli estão há dois meses sitiada pelos terroristas do Estado Islâmico, está sem eletricidade e sem água potável, e os estoques de alimentos e medicamentos estão acabando. Os moradores são, em sua maioria, turcomanos xiitas, considerados apóstatas pelo EI, formado por radicais sunitas.

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“A situação da população em Amerli é desesperadora e exige ação imediata para evitar o possível massacre dos cidadãos”, disse Mladenov, em comunicado. “Peço ao governo iraquiano para que faça tudo o que for possível para romper o cerco e assegurar que os moradores recebam ajuda humanitária para salvar vidas ou sejam evacuados de forma digna”.

O primeiro-ministro iraquiano designado, Haidar al Abadi, também pediu ajuda, solicitando “apoio militar e logístico de todo tipo”. Os moradores dizem que tiveram de organizar a própria resistência aos terroristas, e que nenhuma ajuda externa chegou à cidade desde o início do cerco, informou a rede britânica BBC.

No dia 8 deste mês, os Estados Unidos iniciaram uma série de ataques aéreos contra os jihadistas no norte do Iraque, e o governo americano está estudando opções para aumentar a pressão contra o EI, incluindo o treinamento de grupos rebeldes considerados “moderados” na Síria, informou o britânico The Guardian.

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A preocupação da administração Obama com a situação no Iraque aumentou depois da divulgação pelos terroristas de um vídeo em que o jornalista James Foley é decapitado. A gravação continha ainda a ameaça de que outro jornalista americano corria o risco de ser morto, “dependendo da próxima decisão” do presidente.

Ontem, a Casa Branca condenou nos mais fortes termos a execução de Foley, descrevendo sua decapitação como um ato de terrorismo e advertindo que a resposta militar americana não seria restrita por fronteiras internacionais.

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O vice-conselheiro de segurança nacional Bem Rhodes disse que a morte de Foley “representa um ataque terrorista contra o país”. “Quando vemos alguém morto de forma tão horrível, isso representa um ataque terrorista contra nosso país e contra um cidadão americano”.

O posicionamento americano foi endossado pelo Conselho de Segurança da ONU, que classificou o assassinato de “hediondo e covarde”, em comunicado aprovado por unanimidade.

Atentados – Neste sábado, ataques deixaram mortos em várias partes do país. Em Bagdá, um carro bomba entrou no quartel-general da inteligência, matando pelo menos nove pessoas, segundo fontes médicas e da polícia. Perto de Tikrit, um homem bomba dirigindo um jipe militar cheio de explosivos atacou um grupo de soldados e militantes xiitas durante a noite, matando nove deles.

Em Kirkuk, no Curdistão, mais de vinte pessoas morreram nas explosões simultâneas de três carros bomba contra alvos das forças de segurança. Em Erbil, uma bomba explodiu, em um ataque que perturbou a estabilidade relativa que a capital da região autônoma curda estava vivendo.

Ontem, milicianos xiitas metralharam quase setenta fiéis em uma mesquita de um vilarejo da província de Diyala. O atentado aprofundou o conflito sectário no Iraque, no momento em que políticos tentam formar um novo governo inclusivo, capaz de enfrentar os terroristas do Estado Islâmico. Tarefa que encontra cada vez mais obstáculos. Depois do ataque à mesquita, lideranças sunitas anunciaram que estavam abandonando as negociações para formação do novo gabinete.

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(Com agências France-Presse e Reuters)

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