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Obama sai vitorioso em importantes batalhas políticas

A aprovação da reforma financeira e a paralisação no vazamento de petróleo no Golfo do México beneficiam o presidente

Por Da Redação
16 jul 2010, 22h47

Ao aprovar no Senado, na última quinta-feira, a mais ampla reforma do setor financeiro americano desde a Grande Depressão dos anos 1930, o presidente dos EUA Barack Obama registrou uma crucial vitória política, a poucos meses das eleições legislativas de novembro. E essa não foi a única boa notícia da semana. Acusado de ter sido lento e negligente em sua resposta ao vazamento de petróleo no Golfo do México, Obama também pôde celebrar – ainda que com cautela, uma vez que a solução talvez não seja definitiva – o estancamento da maré negra pela British Petroleum (BP).

As duas notícias positivas, no entanto, não dispersam totalmente as nuvens carregadas no horizonte de Obama. A popularidade e a confiança que os americanos depositam no presidente andam em baixa, por conta da desaceleração econômica e do persistente desemprego no país. Uma pesquisa publicada na terça-feira pelo jornal The Washington Post apontou que seis em cada dez eleitores não acreditam que o presidente seja capaz de tomar as melhores decisões para pôr o país numa rota ascendente. Esse é o menor nível de aprovação desde que o democrata chegou ao poder, em janeiro de 2009. No âmbito econômico, apenas 40% aprovam sua gestão.

Segundo estimativas, a atividade industrial dos Estados Unidos desacelera-se, enquanto o desemprego, atualmente em 9,5%, não regride. O Federal Reserve (banco central americano) reduziu na quarta-feira suas previsões sobre crescimento e emprego. Nesse contexto, a aprovação das novas regras sobre o setor financeiro deram a Obama a oportunidade de proferir um discurso otimista. Ele afirmou que a nova legislação financeira permitirá a construção de uma economia “inovadora, criativa e competitiva”, menos propensa ao pânico e aos resgates pagos pelos contribuintes.

Segundo o presidente, a lei atacará a “irresponsabilidade” de Wall Street, pela qual milhões de americanos pagaram um preço elevado, e impedirá “o tipo de negócio obscuro que provocou a crise”.

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Obama recordou a advertência que fez quando assumiu o cargo, em janeiro de 2009, de que a economia não seria simplesmente reconstruída “sobre a mesma base de areia” de antes da crise. “Devido a esta reforma, jamais voltaremos a pedir ao povo americano que pague a conta pelos erros de Wall Street. Não haverá mais socorro financiado com o dinheiro dos contribuintes e ponto final”, destacou.

Repercussão – Para o jornal The New York Times, contudo, o sucesso do presidente no Congresso traz à tona um paradoxo: enquanto ele ganha no Capitólio, estaria perdendo votos dos eleitores em um momento de extrema preocupação econômica. Isso pode fazer com que o presidente seja forçado a voltar atrás em seus planos.

O diário afirma, porém, que a reforma financeira é o passo final de um processo, que inclui os programas de estímulo à recuperação econômica dos EUA e a reforma da saúde. Nos últimos 18 meses, portanto, Obama e os congressistas democratas teriam feito “progressos consideráveis no que pode ser a mais ambiciosa agenda em décadas”.

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O diário britânico Financial Times avalia que a vitória legislativa faz dele um presidente “produtivo”, em comparação a George Bush. No entanto, a publicação também destaca que a alta taxa de desemprego e a economia incerta colocam sua aprovação em risco. Portanto, “a resposta às vitórias de Obama será silenciosa e não transformadora”.

Golfo do México – Após receber duras críticas ao ser responsabilizado pelo maior desastre ambiental da história dos EUA, Obama respirou aliviado com o anúncio feito pela BP, na última quinta-feira. A empresa informou que o vazamento de petróleo no Golfo do México havia sido contido.

Para o presidente, esse foi “um sinal positivo”, mas ele alertou que o procedimento ainda estava no começo. “Mesmo que o fechamento total não seja possível, mesmo que a cápsula não funcione para barrar totalmente o vazamento, milhões de litros de óleo não estarão sendo derramados no Golfo do México”, afirmou.

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