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Obama pede liberdades civis e cobra fim do embargo a Cuba

"O mundo precisa estar unido e precisamos estar juntos, independente da raça ou fé, na luta contra o terrorismo", disse o presidente americano sobre os atentados em Bruxelas

Por Da Redação
22 mar 2016, 12h02

Em seu último pronunciamento antes de deixar Havana nesta terça-feira, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu ao Congresso americano o fim do embargo a Cuba. Ele também fez uma defesa das liberdades civis e afirmou que todos devem ter o direito para expressar suas ideias livremente. “Como presidente dos Estados Unidos, eu pedi para nosso Congresso suspender o embargo”, disse Obama, sendo muito aplaudido. “Mesmo que o embargo caia amanhã, os cubanos não iriam conseguir realizar todo o seu potencial sem alterações aqui em Cuba”, completou para, dessa vez, receber pouquíssimos aplausos. O discurso de Obama foi transmitido ao vivo pela mídia estatal para toda a ilha caribenha.

“Vim aqui deixar para trás os últimos vestígios da Guerra Fria nas Américas”, afirmou Obama. “Vim aqui estendendo a mão da amizade ao povo cubano”, disse ao auditório cheio e com a presença do ditador Raúl Castro. “As pessoas deveriam se expressar livremente e sem medo”, disse o líder, que também se referiu ao herói nacional José Martí, mártir da independência cubana. Falando em espanhol, dirigiu-se diretamente à juventude cubana. “Apelo aos jovens de Cuba que construam algo novo”, afirmou. “O futuro de Cuba tem de estar nas mãos do povo cubano”, conclui, também em espanhol.

Logo no início de sua fala ao povo cubano no Grande Teatro Alicia Alonso, o presidente americano se referiu aos atentados em Bruxelas, que deixaram mais de 30 pessoas mortas. “Nossos pensamentos e orações estão com o povo da Bélgica após os deploráveis atentados”, ressaltou Obama afirmando que seu governo fará de tudo para ajudar os “amigos e aliados” belgas. “O mundo precisa estar unido e precisamos estar juntos, independente da raça ou fé, na luta contra o terrorismo”, disse. Ainda sobre os grupos terroristas, Obama afirmou que o mundo “irá derrotar” aqueles que ameaçam a segurança de todos no mundo.

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Dissidentes – Depois de seu discurso, Obama irá se encontrar com dissidentes cubanos e assistir a um jogo de beisebol ao lado do ditador Raúl Castro, em seus últimos compromissos na ilha. O chefe de Estado americano irá se reunir com líderes da sociedade civil na embaixada dos EUA como forma de enfatizar seu alerta a Raúl de que a falta de melhorias na questão dos direitos humanos em Cuba irá prejudicar os esforços que podem levar à suspensão do embargo econômico americano, que já dura décadas.

A Casa Branca não divulgou uma lista dos líderes ativistas que Obama pretende encontrar. Raúl se mostrou contrariado durante uma rara coletiva de imprensa na segunda quando um jornalista dos EUA lhe indagou sobre a detenção de opositores políticos. Ele negou tais práticas e exigiu uma lista de exemplos. A Casa Branca disse já ter compartilhado muitas listas do tipo com o governo cubano.

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O encontro de Obama com dissidentes sublinha as tensões ainda existentes entre os ex-inimigos da Guerra Fria, apesar da reaproximação iniciada em 2014, que levou à antes impensável chegada do avião presidencial Air Force One ao solo cubano. A reunião também reflete a necessidade de Obama de convencer seus críticos em casa de que sua visita, a primeira de um mandatário americano em 88 anos, não será usada para fortalecer o governo de Raúl. Obama encerra a visita com um jogo de beisebol. Ele e sua família, que o acompanha na viagem, irão se juntar a Raúl Castro para assistir a uma partida de exibição d entre o time norte-americano Tampa Bay Rays e a seleção cubana. Depois, Obama e sua família partem para uma visita de dois dias à Argentina.

(Da redação)

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