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Obama indica ex-funcionário de Bush para comandar FBI

James Comey foi o número dois do Departamento de Justiça durante a última gestão republicana. Ele se notabilizou por anular a renovação de um programa de espionagem

Por Da Redação
21 jun 2013, 22h08

Afundado na pior crise de confiança desde que assumiu o poder nos Estados Unidos, Barack Obama oficializou nesta sexta-feira a indicação de James Comey para comandar o FBI. Ao apresentá-lo em uma cerimônia nos jardins da Casa Branca, em Washington, o presidente o descreveu como “um líder que entende como manter a América segura e continuar fiel aos nossos ideais”.

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A declaração foi uma forma de destacar uma passagem da biografia de Comey no intuito de minimizar as críticas depois que veio à tona a informação de que seu governo espiona dados de telefonemas e comunicações virtuais de milhões de cidadãos. Em 2004, quando substituía o secretário de Justiça John Ashcroft, Camey ajudou a impedir a renovação de um programa de coleta de informações que havia ultrapassado a autoridade legal do presidente George W. Bush. O fato foi capitalizado por Obama nesta sexta: “Ele estava preparado para abandonar o emprego que amava por se recusar a fazer parte de algo que ele considerava fundamentalmente errado”, disse, sobre a ameaça feita por Comey e outros funcionários de que deixariam a administração Bush se o programa fosse prorrogado sem a sua concordância. Mais tarde, no entanto, o programa voltou a ser colocado em prática com base em uma nova teoria legal. E o democrata, que tanto criticou as políticas de vigilância de Bush, não só as manteve em seu governo, como as ampliou.

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O nome de Comey ainda precisa ser aprovado no Senado. Se for, ele vai substituir Robert Mueller, que assumiu a direção do FBI apenas uma semana depois dos ataques terroristas de setembro de 2001 e transformou o órgão de um equipamento de combate ao crime a uma agência de contraterrorismo. Nesta semana, em audiência no Senado, Mueller admitiu que o FBI usa drones para viligância em operações no território americano. Ele ressaltou, no entanto, que essas aeronaves são usadas “muito raramente”.

Outra passagem da biografia de Comey, contudo, traz preocupação para defensores dos direitos humanos. Segundo o jornal espanhol El País, a União de Liberdades Civis Americanas divulgou há algumas semanas um comunicado em que reprovava a escolha do presidente – que já era esperada há vários dias. A nota destaca que Comey aprovou o uso de contestadas técnicas de investigação, como o afogamento simulado, durante o período em que foi o número dois do Departamento de Justiça.

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