Obama nomeia Loretta Lynch como secretária de Justiça do país
A procuradora do Brooklyn, de Nova Tork, é a primeira mulher afro-americana a ocupar o cargo
Atualizada às 14h40 de 08/11/2014
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, nomeou neste sábado oficialmente a procuradora federal Loretta Lynch, 55 anos, para o cargo de secretária de Justiça dos Estados Unidos. Esta é a primeira vez que uma mulher negra ocupa o posto. Até agora, Loretta atuava no distrito nova-iorquino do Brooklyn e não na lista de favoritos para substituir Eric Holder, que renunciou em setembro ao posto que ocupava desde que Obama chegou ao poder.
Seu perfil discreto, como destacou o jornal Financial Times, pode ajudá-la a ser confirmada no cargo na sabatina que terá de enfrentar no Senado. A oposição conquistou a maioria nas eleições legislativas realizadas na última terça-feira – uma dura derrota para o governo de Barack Obama. O Partido Republicano manteve o domínio que já tinha na Câmara dos Deputados e agora também tem maioria no Senado, controlado pelos democratas nos últimos oito anos.
“Lynch é uma procuradora forte e independente que liderou em duas ocasiões um dos escritórios mais importantes do país”, comentou o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, em comunicado. O anúncio formal ocorreu na Casa Branca e contou com a presença de Lynch e Holder. O porta-voz também destacou a importante atuação de Holder nas áreas de justiça criminal e implementação dos direitos civis.
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Lynch deverá assumir um Departamento de Justiça que, com Holder como titular, esteve no centro de várias frentes de trabalho abertas pela administração de Obama. Entre elas figuram as multimilionárias multas a gigantes de Wall Street por seu papel na comercialização da hipotecas “subprime” ou a polêmica pelo programa ‘Fast and Furious’, de rastreamento de armas que acabaram nas mãos de narcotraficantes mexicanos.
Entre os nomes que haviam sido postos na mesa de indicações estava o do atual secretário de Trabalho, Tom Pérez; do atual advogado-geral dos EUA, Donald Verrilli; e da procuradora-geral da Califórnia, Kamala Harris.
(Com agência EFE)