Obama indica general dos fuzileiros navais para ser novo chefe do Estado-Maior
Joseph Dunford, que tem experiência nas guerras do Iraque e Afeganistão, deverá ser aprovado pelo Senado antes de assumir o principal cargo militar dos Estados Unidos
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, escolheu o general Joseph Dunford, do corpo de infantaria da Marinha, para ser o próximo chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, o principal cargo militar do país, reporta nesta terça-feira o The New York Times. Dunford irá substituir o general Martin Dempsey, que deixará o cargo de oficial de maior categoria dos EUA após quatro anos.
De acordo com as fontes ouvidas pelo jornal, Obama anunciará publicamente a indicação de Dunford ainda hoje. Depois disso, o general de 59 anos, com experiência nas guerras do Iraque e do Afeganistão, deverá ser confirmado pelo Senado. Se conseguir o respaldo dos senadores, o indicado iniciaria um primeiro mandato de dois anos. Depois, se o presidente renovar sua confiança nele, poderia optar por um segundo mandato e cumprir os quatro anos no cargo.
Leia também
Organização dos EUA quer figura feminina em nota de US$ 20
Ex-diretor da CIA é condenado por vazar segredos à namorada
EUA: Senado aprova indicação de 1ª negra para Departamento de Justiça
Após saber da escolha de Obama, o senador republicano e ex-candidato presidencial John McCain apressou-se para elogiar a indicação, e qualificou Dunford como “líder incrível, veterano de combate e guerreiro”, e se mostrou “extremamente entusiasmado” por sua seleção. Dunford, um general que agrada o Pentágono, é comandante do corpo de infantaria da Marinha desde outubro, após ter estado à frente das forças aliadas no Afeganistão entre fevereiro de 2013 e agosto de 2014, período em que supervisionou parte da retirada de tropas americanas do país.
Original de Boston, no Estado de Massachusetts, o general proposto por Obama iniciou sua carreira no Exército como oficial de infantaria, e dirigiu o quinto regimento de infantaria da Marinha na guerra do Iraque. Se for confirmado, Dunford deverá enfrentar, entre outros, desafios a luta contra o Estado Islâmico (EI) na Síria e no Iraque, a tensão com a Rússia pelo conflito na Ucrânia e os possíveis cortes de fundos no orçamento de Defesa.
(Da redação)