Obama garante apoio no Senado para aprovar acordo nuclear com Irã

O governo americano garantiu os 34 votos necessários no Senado para o acordo que vai afrouxar as sanções contra a República Islâmica

Por Da Redação
2 set 2015, 12h56

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ri da rede para cabelo que os membros da imprensa tem que utilizar durante visita a uma fábrica de alimentos em Addis Ababa, Etiópia - 28/07/2015 (Saul Loeb/AFP)

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, garantiu os votos necessários no Senado para aprovar no Congresso o acordo nuclear fechado entre as potências e o Irã, reporta nesta quarta-feira o jornal The New York Times. A senadora democrata Barbara Mikulski assegurou que dará o 34º voto necessário para passar o documento na casa legislativa. Os 34 votos eram o mínimo necessário para o acordo avançar, apesar de algumas reservas entre os congressistas, especialmente os da oposição republicana.

Mesmo que o Congresso aprove qualquer legislação rejeitando ou limitando o acordo, Obama pode vetar tais resoluções. O apoio da senadora, que está se aposentando neste ano, significa que o Senado não terá votos suficientes para derrubar os vetos de Obama. De acordo com o jornal, o presidente deve conseguir os votos necessários para isso também na Câmara dos Deputados e as negociações políticas para garantir a vitória do governo já estão avançadas.

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“Os 34 votos garantem apoio suficiente para que nenhum veto do presidente seja derrubado”, disse o secretário de Estado, John Kerry. “Mas isso não é o bastante para nós, pois queremos ir mais longe”, concluiu. O acordo, que demorou 22 meses para ser negociado entre Teerã e as potências Grã-Bretanha, França, Alemanha, China e Rússia, além dos EUA, prevê a limitação das atividades militares iranianas em troca da suspensão das sanções econômicas internacionais.

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Segundo Obama, o acordo exige que o Irã remova dois terços das centrífugas instaladas, livre-se de 98% do urânio enriquecido que possui e dê acesso à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) para inspeções. A comunidade internacional sempre acusou o Irã de manter interesses militares para a fabricação de uma bomba atômica, mas o país negava e defendia que seu projeto nuclear era pacífico. O acordo foi anunciado em 14 de julho de 2015. Os congressistas americanos voltam a Washington na próxima semana, com o fim de seu recesso anual de verão. O Senado deve começar a debater o acordo com o Irã já na próxima semana.

(Da redação)