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Obama: EUA ‘não serão prisioneiros do passado’ com Cuba

'Não estou interessado em disputas que francamente começaram antes de eu nascer', disse o presidente americano no Panamá, em discurso na Cúpula das Américas. 'A Guerra Fria já terminou'

Por Da Redação
11 abr 2015, 15h26

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou neste sábado que seu país “não será prisioneiro do passado” em sua relação com Cuba nem com a região. A declaração se deu em discurso na Cúpula das Américas, que acontece no Panamá, e que mais cedo teve a presidente brasileira Dilma Rousseff elogiando a reaproximação entre Estados Unidos e Cuba. Obama disse ainda que pretende continuar o diálogo bilateral entre seu governo e o de Raúl Castro, apesar das “diferenças” entre os dois países. “Os Estados Unidos olham para o futuro”, afirmou.

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Obama disse que a aproximação entre EUA e Cuba marca um “ponto de inflexão” para toda a região e qualificou a cúpula — na qual estão presentes os 35 países do continente americano, inclusive Cuba, pela primeira vez — de “momento histórico”. “A Guerra Fria já terminou”, disse o presidente americano, de forma taxativa. “Não estou interessado em disputas que francamente começaram antes de eu nascer”, acrescentou, para dizer que o que pretende é “resolver problemas”, trabalhando e cooperando com toda a região. Obama continuou afirmando que o “giro” da política americana em relação a Cuba “aprofunda o compromisso” dos Estados Unidos com toda a região. Disse ainda que, desde que chegou à Casa Branca em 2009, a sua proposta foi a de manter uma relação de “parceria” com o continente.

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Em seu discurso, Obama respondeu diretamente às acusações do presidente equatoriano, Rafael Correa, que minutos antes usou a sua participação na plenária para denunciar “intervenções ilegais” dos EUA na América Latina, especialmente contra a Venezuela, e conclamar a “segunda e definitiva independência” da região. Para rebatê-lo, o presidente americano admitiu que no passado a política de direitos humanos dos Estados Unidos nem sempre foi acertada, mas que atualmente o país se preocupa apenas em atacar situações que não considera justas, porque considera “o correto”. “Não estamos preocupados com ideologias, pelo menos não eu”, ressaltou Obama.

‘Homem honesto’ — Principal beneficiado pela reaproximação dos Estados Unidos com Cuba, Raúl Castro, irmão de Fidel atualmente à frente do comando da ilha, chamou Barack Obama de “homem honesto” em seu discurso na Cúpula das Américas, neste sábado. Raúl Castro também aproveitou para pedir que os Estados Unidos retirem Cuba da lista de países patrocinadores de terrorismo. “Aprecio como um passo positivo que decidirá rapidamente sobre a presença de Cuba na lista de terrorismo, na qual jamais deveria estar”, afirmou. Obama sinalizou positivamente ao pedido, dizendo que analisará a questão, o que foi festejado pelo cubano. Castro prometeu diálogo “respeitoso” com os EUA.

(Com agências EFE e Reuters)

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