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Obama diz a Netanyahu que EUA vão “reavaliar” política sobre Israel

Mesmo com o primeiro-ministro de Israel voltando atrás em sua declaração sobre a impossibilidade de um Estado Palestino, a Casa Branca manteve sua postura crítica

Por Da Redação
20 mar 2015, 11h44

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta quinta-feira ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que Washington “reavaliaria” suas opções sobre as relações entre Washington e Tel Aviv e a diplomacia do Oriente Médio. O telefonema de Obama a Netanyahu ocorreu depois de uma entrevista na televisão em que o líder israelense se afastou de sua declaração e que não haveria Estado palestino enquanto ele estivesse no poder, em uma aparente mudança destinada a suprimir a crítica dos EUA aos seus comentários. Apesar de Netanyahu ter voltado atrás em seus comentários, a Casa Branca não se convenceu.

Em outra sinalização do descontentamento do governo americano, o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, alertou, antes do telefonema de Obama, que haveria “consequências” para Israel, enquanto o governo Obama monitora a formação de nova coalizão de governo de Netanyahu. “Ele voltou atrás nos compromissos que Israel tinha assumido anteriormente para uma solução de dois Estados”, disse Earnest a jornalistas. “É razão para os Estados Unidos avaliarem qual será o nosso caminho pela frente”, completou.

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“Eu não mudei a minha política. Nunca retratei meu discurso na Universidade Bar-Ilan seis anos atrás, pedindo por um Estado palestino desmilitarizado que reconheça o Estado judeu”, disse Netanyahu em entrevista à rede MSNBC, dois dias depois de ganhar uma eleição israelense muito disputada. “O que mudou é a realidade”, declarou Netanyahu, citando a recusa da Autoridade Palestina em reconhecer Israel como um Estado judeu e o controle contínuo do grupo militante Hamas na Faixa de Gaza.

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A resposta dura dos EUA mostrou que as relações com Israel, que estão no nível mais baixo desde que Obama assumiu o cargo, podem piorar ainda mais enquanto se aproxima o prazo de final de março para que os Estados Unidos cheguem a um acordo preliminar com o Irã, o que Netanyahu se opõe com veemência. Entre os riscos mais graves para Israel seria uma mudança na postura de Washington nas Nações Unidas. Os EUA há muito tempo bloqueiam os esforços palestinos para obter uma resolução da ONU que reconheça a sua condição de Estado, incluindo uma ameaça de uso de seu direito de veto, e protegem Israel de esforços para isolá-lo internacionalmente.

Negociações com Irã – Obama aproveitou a celebração nesta sexta-feira do ano novo no Irã para enviar uma mensagem aos iranianos desejando “um futuro diferente” entre ambos os países. “Os próximos dias e semanas serão críticos. As negociações para um acordo fizeram progressos, mas segue havendo lacunas. E há pessoas, em nossos dois países e além, que se opõem a uma solução diplomática”, acrescenta Obama na mensagem. Esta declaração acontece enquanto na cidade suíça de Lausanne, Irã e Estados Unidos continuam hoje suas negociações nucleares, no meio da tensão imposta pelo esgotamento do tempo que têm para seguir trabalhando em favor de um acordo definitivo.

Nas negociações sobre o programa nuclear iraniano estão envolvidos, além de EUA e Irã, Grã-Bretanha, França, Rússia e China (membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU), além da Alemanha. “Um acordo nuclear agora pode ajudar a abrir a porta a um futuro mais brilhante para o povo iraniano, que, como herdeiro de uma grande civilização, tem muito a oferecer ao mundo”, conclui Obama.

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(Da redação)

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