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Obama afirma que para derrotar EI é preciso tirar Assad da Síria

O presidente americano voltou a bater de frente com a Rússia, que defende a permanência do ditador à frente do governo. Obama também se encontrou com Raúl Castro

Por Da Redação
29 set 2015, 15h32

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta terça-feira que o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) não poderá ser derrotado na Síria se o ditador sírio Bashar Assad não deixar o poder, ponto de divergência com Rússia e Irã. “Na Síria, derrotar o EI requer, acredito eu, um novo líder”, disse Obama durante uma cúpula sobre o combate ao EI e ao extremismo violento, convocada pelos EUA na sede das Nações Unidas (ONU). “Este será um processo complexo, e estamos preparados para trabalhar com todos os países, inclusive Rússia e Irã, para encontrar uma solução política”, acrescentou.

Obama se reuniu ontem na ONU com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e ambos ratificaram suas diferenças sobre o papel de Assad no futuro da Síria. Enquanto os americanos exigem um novo líder para garantir uma transição política, os russos defendem o “governo legítimo” do ditador. Diante de mais de cem países reunidos na cúpula sobre o EI, Obama afirmou que os jihadistas “acabarão perdendo porque não têm nada para oferecer além de violência e morte”.

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Obama afirmou que a coalizão internacional, liderada pelos EUA e que conta com mais de 60 países, foi capaz de demonstrar que o EI pode ser derrotado no campo de batalha. “Eles perderam quase um terço das áreas povoadas do Iraque que tinham controlado. Na Síria, foram expulsos de quase toda a região na fronteira com a Turquia”, disse Obama. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que as Nações Unidas podem apoiar o combate ao EI mediante “a um esforço especial para chegar aos jovens, à construção de instituições que verdadeiramente prestem contas e à garantia de que o respeito à lei e aos direitos humanos são inegociáveis”.

Cuba – Após a cúpula sobre o combate ao terrorismo, Obama teve um encontro, também na sede na ONU, com o cubano Raúl Castro. O ditador pediu ao líder americano que utilize o poder executivo do cargo que ocupa para reduzir o embargo contra a ilha para continuarem a avançar no processo de normalização das relações entre Cuba e EUA. “Não haverá normalização com bloqueio, e não haverá progresso substancial no processo de normalização sem mudanças substanciais na aplicação do bloqueio”, disse Castro, de acordo com as palavras do chanceler cubano, Bruno Rodríguez.

O chanceler lembrou que o presidente americano possui “amplas faculdades executivas que o permitiriam modificar substancialmente muitos elementos da aplicação do bloqueio”. Segundo ele, até agora as ações de Obama nesse sentido “não tiveram nenhum efeito significativo, e seu alcance e profundidade foram limitadíssimos”. Desde o anúncio em dezembro do início do processo de normalização das relações diplomáticas, Obama pediu sem sucesso ao Congresso dos Estados Unidos, controlado agora pela oposição republicana, o fim do embargo econômico, imposto a Cuba há mais de meio século.

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(Da redação)

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