Número de mortos no Nepal supera 7.500; país corre para vacinar crianças
O número de feridos já passa de 15.000. Especialistas temem que doenças como o sarampo podem se alastrar entre as crianças que estão nos acampamentos temporários
Por Da Redação
5 Maio 2015, 08h03
As autoridades nepalesas intensificaram os esforços para encontrar vítimas do terremoto de 25 de abril, que segundo o balanço mais recente deixou mais de 7.500 mortos e quase 15.000 feridos. O governo informou que 131.500 militares e policiais participam na operação de salvamento com o apoio de mais de 100 equipes de resgate estrangeiras. O ministério do Interior afirmou que a situação começa a ser controlada, apesar das críticas ao governo por sua incapacidade para ajudar os desabrigados nos primeiros dias após a tragédia.
“A situação no país está voltando pouco a pouco à normalidade porque as equipes de resgate chegaram a lugares cruciais, muito afetados pelo terremoto”, disse o porta-voz do ministério, Laxmi Prasad Dhakal. O Centro Nacional de Operações de Emergência anunciou um balanço atualizado de 7.557 mortos e 14.536 feridos. O terremoto de 7,8 graus, o mais violento em 80 anos na região, também matou mais de 100 pessoas na Índia e na China. O governo advertiu que o balanço final pode ser muito mais grave porque as equipes de emergência apenas começaram a chegar aos locais mais remotos.
Vacinação – O Ministério da Saúde nepalês iniciou urgentemente uma campanha de vacinação infantil para combater um possível surto de sarampo que pode ser mortal devido às precárias condições nas quais vivem muitas crianças após o terremoto. O alvo da campanha, que começou nesta segunda, é vacinar 500.000 crianças. “A vacinação continuará durante as próximas semanas nos doze distritos mais afetados pelo terremoto”, disse Rose Foley, representante no Nepal do Fundo da ONU para a Infância (Unicef), que colabora com o governo do país.
A grande aglomeração de pessoas e as deficientes condições de saúde são um grave risco para uma rápida propagação de doenças entre as crianças, que vivem em assentamentos temporários do governo ou perto de suas casas destruídas. “O sarampo é muito contagioso e pode ser potencialmente muito mortífero. Tememos que possa se propagar muito depressa nos frequentemente congestionados acampamentos onde vivem muitas crianças”, expressou em comunicado outro represente da Unicef, Tomoo Hozumi.
Turismo – O terremoto também representou um duro golpe ao turismo nepalês, uma das principais indústrias do país, com o cancelamento de 80% das reservas de visitantes estrangeiros para esta temporada. O turismo representa cerca de 8% da economia do país, com a chegada anual de 800.000 viajantes, atraídos especialmente por montanhas como o Everest, a escalada e caminhada ou o trekking. “A morte de turistas em Langtang e Manaslu [zonas com populares rotas para caminhada] vai ter um impacto no setor”, disse o presidente da Associação das Agências de Caminhada do Nepal, Ramesh Dhamala.
O impacto da crise entre Lula e Congresso na reforma tributária e entrevista com Rodrigo Maia
As bolsas europeias e os futuros americanos são negociados em baixa na manhã desta quinta-feira, 25. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, entregou o texto da fase de regulamentação da reforma tributária ao Congresso Nacional. O projeto tem cerca de 300 páginas e mais de 500 artigos. Haddad calcula uma alíquota média de 26,5% do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), mas disse que isso vai depender do número de exceções que serão aprovadas à regra geral. A transição para o novo sistema pode ter início em 2026. A entrega do projeto acontece em meio a uma crise entre o Executivo e o Legislativo e cobranças públicas do presidente Lula aos seus ministros por uma melhor interlocução com o Congresso. A mineradora Vale publicou seus resultados do primeiro trimestre e obteve lucro líquido de 8,3 bilhões de reais, cifra 13% menor em relação ao mesmo período de 2023. Os Estados Unidos publicam a primeira leitura do resultado do PIB do primeiro trimestre do país. Diego Gimenes entrevista Rodrigo Maia, presidente da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF) e ex-presidente da Câmara dos Deputados.
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