Número de mortos em ataque terrorista no Quênia sobe para 147

Este é o ataque com o maior número de vítimas perpetrado pelo grupo extremista Al Shabab, da Somália, em território queniano

Por Da Redação
2 abr 2015, 16h22

**1/8** Equipe de resgate socorre aluna ferida durante um ataque no campus da Universidade Moi, em Garissa, no Quênia *(Carl de Souza/AFP)*

**2/8** Alunos são retirados de um campus universitário atacado pelo grupo terrorista islâmico al Shabaab em Garissa, no Quênia - 02/04/2015 *(Citizen TV/Reuters)*

**3/8** Soldado controla o fluxo de pessoas durante o ataque à Universidade Moi. Um grupo islâmico invadiu a universidade fazendo todos os alunos reféns *(Noor Khamis/Reuters)*

**4/8** Ambulância chega ao campus da Universidade Moi que foi atacada por grupo extremista da Shebab Al-Qaeda *(Anthony Makokha/VEJA.com)*

**5/8** Soldado da Força de Defesa do Quênia tenta se esconder durante troca de tiros com terroristas do grupo islâmico al Shabbab, em Garissa - 02/04/2015 *(Noor Khamis/Reuters)*

**6/8** Menina ferida é levada ao Hospital Nacional Kenyatta, em Nairobi, no Quênia *(VEJA.com/AFP)*

**7/8** Soldado da Força de Defesa do Quênia tenta afastar as crianças da universidade atacada pelo grupo islâmico al Shabbab, em Garissa - 02/04/2015 *(Noor Khamis/Reuters)*

**8/8** Soldado da Força de Defesa do Quênia tenta se proteger durante troca de tiros com terroristas do grupo islâmico al Shabbab, em Garissa - 02/04/2015 *(Noor Khamis/Reuters)*

O número de mortos no ataque terrorista a uma universidade no Quênia subiu para 147, segundo informação das autoridades do país. O Ministério do Interior afirmou que a maior parte das vítimas é de estudantes, mas também morreram policiais. Este é de longe o maior número de mortos em um ataque do grupo extremista islâmico Al Shabab em território queniano.

Sediados na Somália, os terroristas do Al Shabab frequentemente cruzam a fronteira para realizar atentados no Quênia. A cidade de Garissa, onde fica a universidade atacada, está localizada a 200 quilômetros da Somália.

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Os criminosos entraram às 5h30 (23h30 de Brasília, quarta-feira) no campus da universidade, no horário que os estudantes estavam se preparando para ir à missa católica matutina. Testemunhas afirmaram que os terroristas separaram os muçulmanos e permitiram que deixassem o local.

A cidade de Garissa, no centro-leste do país, abriga uma base militar e já tinha sido palco de atentados terroristas. Em 2012, dezesseis pessoas foram mortas em ataques coordenados em duas igrejas católicas da cidade. Em 2014, pelo menos 200 pessoas morreram e centenas ficaram feridas no Quênia em ataques reivindicados pelos terroristas do Al Shabab.

As regiões do Quênia situadas na fronteira com a Somália, e em particular as áreas de Mandera e Wajir, assim como a de Garissa, são cenários frequentes de ataques islamitas. O ataque de maior impacto reivindicado pelos terroristas somalis foi a invasão, em setembro de 2013, do shopping Westgate, em Nairóbi, que terminou com 67 mortos.

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O atentado de hoje pode voltar a abalar a indústria turística do país. Nesta quarta, poucas horas antes do início do ataque em Garissa, o presidente Uhuru Kenyatta afirmou que o Quênia “é um país tão seguro como qualquer outro do mundo”.