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Nigéria e Boko Haram acertam cessar-fogo e libertação de meninas sequestradas

Marechal nigeriano disse que uma reunião na próxima semana vai acertar os detalhes finais para a libertação das 219 garotas em poder dos terroristas

Por Da Redação
17 out 2014, 12h53

O Exército da Nigéria e o grupo terrorista Boko Haram acertaram nesta sexta-feira um cessar-fogo e a imediata libertação das mais de 200 meninas sequestradas há seis meses no povoado de Chibok, anunciou o chefe do Estado-Maior, o marechal Alex Badeh. De acordo com a rede britânica BBC, o Boko Haram ainda não se pronunciou sobre o acordo. Badeh revelou a trégua no final de uma reunião de segurança de três dias entre a Nigéria e Camarões – país em que os extremistas do Boko Haram também atuam.

O assessor presidencial nigeriano Hassan Tukur disse à BBC que o acordo foi selado depois de um mês de negociações, mediada pelo Chade. Como parte das negociações, uma delegação do governo nigeriano se reuniu ao menos duas vezes com representantes do grupo islâmico, em um local não identificado no norte da Nigperia. Tukur afirmou que “eles [os terroristas do Boko Haram] nos garantiram que têm as meninas e vão liberá-las”. Ele disse arranjos para a sua libertação seriam finalizados em outra reunião na próxima semana na capital do Chade, N’Djamena. “Estou cautelosamente otimista”, completou.

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As garotas reféns dos terroristas eram estudantes de um colégio secundário exclusivo para mulheres em Chibok, no estado de Borno. No total, 276 adolescentes com idades entre 12 e 17 anos foram sequestradas em seus dormitórios por homens armados e levadas em caminhões para floresta de Sambisa, uma das áreas controlada pelos extremistas islamitas do Boko Haram, perto da fronteira da Camarões. Dezenas delas conseguiram escapar de seus captores nas horas e dias que se seguiram, mas 219 meninas ainda estão desaparecidas. O líder do Boko Haram, Abubakar Shekau, reivindicou a responsabilidade pelo sequestro em um vídeo divulgado em 5 de maio, ameaçando casar as meninas a força e tratá-las como escravas.

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Os EUA, França e a Grã-Bretanha forneceram apoio militar e logístico, mas lamentaram o despreparo das Forças Armadas nigerianas e a falta de articulação entre o governo e as tropas, fatos que redundaram na falta de progresso nas buscas. Atuando praticamente sem resistência – policiais e soldados fogem quando os terroristas atacam as vilas nigerianas – o Boko Haram realizou dezenas de novos sequestros no norte e nordeste do país. Desde que a polícia matou, em 2009, com o então líder e fundador de Boko Haram, Mohammed Yousef, os radicais mantêm uma sangrenta campanha que se intensificou nos últimos meses. Neste ano, o grupo islamita assassinou cerca de 3.000 pessoas e mais de 12.000 desde 2009, segundo os cálculos do governo nigeriano. O grupo Boko Haram, que significa em línguas locais ‘a educação não islâmica é pecado’, luta para instituir um califado islâmico na Nigéria, país de maioria muçulmana no norte e predominantemente cristão no sul.

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