Netanyahu conquista apoios e consegue maioria para seu terceiro mandato
O partido de centro-direita Kulanu, uma dissidência do Likud, decidiu apoiar a coalizão de Netanyahu e em troca deseja o comando do Ministério das Finanças de Israel
O partido de centro-direita Kulanu formalizou seu apoio nesta segunda-feira ao primeiro-ministro de Benjamin Netanyahu, do Likud. Agora, com as dez cadeiras do Kulanu, a coalizão costurada pelo Likud conquista a maioria do Parlamento israelense por apenas um deputado a mais: eles têm 61 dos 120 assentos disponíveis. “Aceitamos a decisão do povo. O povo decidiu que Netanyahu forme governo por isso recomendamos entregar a ele o mandato”, disse Moshe Kahlon, líder do Kulanu, depois da reunião realizada nesta manhã com o presidente israelense Reuven Rivlin, em Jerusalém.
Kahlon, que deixou o Likud há dois anos e criou um partido de centro-direita para defender as políticas sociais, deseja entrar na coalizão de Netanyahu como segunda força política e nomear o ministro das Finanças. Rivlin ainda se encontrará com o líder do nacionalista Yisrael Beiteinu, que fornecerá à coalizão de Netanyahu mais seis cadeiras. Nesta manhã, o partido Yesh Atid, do ex-ministro Yair Lapid, não fez recomendações diante do presidente e só o informou que nesta legislatura permanecerá na oposição. Rivlin deve se reunir hoje também com os delegados do partido pacifista Meretz, que provavelmente seguirá os passos de Lapid.
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Segundo a legislação israelense, depois da realização de eleições o chefe do Estado deve entregar o mandato para formar governo ao candidato mais recomendado pelos líderes dos grupos parlamentares com representação no congresso. Ontem, antes do apoio do Kulanu, 51 deputados tinham se pronunciado a favor do atual primeiro-ministro.
Reunião da ONU – Os Estados Unidos informaram que não vão participar do principal fórum de direitos humanos da ONU nesta segunda-feira durante o debate anual sobre violações cometidas nos territórios palestinos. A ação de não atender ao fórum que reúne 47 Estados mostra sinais de que a administração do presidente Barack Obama já está adotando na prática a anunciada “reavaliação” de relações com o Estado judeu.
Os aliados do primeiro-ministro israelense reconheceram no domingo que sua rejeição a um Estado palestino causou discordância com a Casa Branca, mas culparam as críticas “sem precedentes” do presidente Obama pelo mal-entendido entre os aliados históricos Washington e Tel Aviv.
(Da redação)