Depois do naufrágio de um pesqueiro no qual viajavam com destino à Itália, cerca de 700 imigrantes estão desaparecidos nas águas do Canal da Sicília, em águas próximas á ilha de Malta e a cerca de 70 milhas da costa da Líbia. Se o número de mortos se confirmar, esse pode ser o maior desastre naval com imigrantes clandestinos no Mediterrâneo.
Dezessete unidades de resgate comandadas pela marinha italiana e pela marina de Malta trabalham na região do acidente, mas apenas 49 pessoas foram encontradas com vida até o momento.
Segundo um testemunho obtido pela Acnur, a agência da ONU para refugiados, o pesqueiro naufragado emitiu um pedido de socorro. Um navio português que trafegava pela área se desviou até o local. Quando a embarcação portuguesa se aproximou do pesqueiro, os imigrantes se deslocaram todos para o mesmo lado do barco e provocaram seu afundamento.
Os naufrágios com embarcações precárias, lotadas de refugiados oriundos de países da África e de regiões em conflito no Oriente Mèdio, como Síria, Iraque e Iêmen, se repetem no Mediterrâneo desde o começo dos anos 2000.
Segundo a ONU, apenas em 2015, 35 mil pessoas já cruzaram o Mediterrâneo em viagens clandestinas. No mesmo período, 950 mortes foram registradas – 400 delas na semana passada, numa embarcação que zarpou da Líbia. Essa conta não inclui o acidente deste domingo.
(Com Agência EFE)