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“Não sei se foi a melhor ou pior coisa que fiz”, diz ex-Seal que matou Bin Laden

Robert O’Neill revelou à Fox News detalhes da operação que culminou na morte do terrorista

Por Da Redação
12 nov 2014, 15h42

Foi ao ar na terça-feira a primeira parte do programa produzido pela Fox News sobre o ex-Seal Robert O’Neill, o militar americano que diz ter disparado os tiros que mataram o terrorista Osama Bin Laden, fundador do grupo radical Al Qaeda, em 2011. Na entrevista, O’Neill, de 38 anos, revela detalhes da operação. Segundo ele, os soldados de elite embarcaram em uma missão que juravam ser “suicida”. “Cada vez que treinávamos, nós tínhamos a certeza de que era uma missão sem volta. Nós íamos para lá e não voltaríamos. Morreríamos quando a casa explodisse. Morreríamos quando ele (Bin Laden) explodisse. Ou seríamos presos pela polícia do Paquistão e ficaríamos o resto de nossas curtas vidas na cadeia”, afirmou.

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O ex-Seal tem enfrentado duras críticas de militares americanos por ter rompido o código de silêncio cultivado por militares envolvidos em missões sigilosas. Outros Seals que também participaram da operação contestaram a versão de O’Neill e afirmaram que ele não foi o responsável por matar Bin Laden. O militar, no entanto, manteve sua posição. “Se havia luz suficiente, eu definitivamente fui a última pessoa que ele viu”, declarou.

O’Neill também comentou a dificuldade de assimilar que ele tinha sido o responsável por matar o homem que orquestrou os ataques do 11 de setembro. “Para mim, não era real. Achava que tínhamos atirado em outro cara naquela casa. A ficha não caiu por um tempo. Mas, agora, ela caiu. Eu tenho pensado sobre isso a todo o momento nos últimos anos. Ainda tento chegar à conclusão se isso foi a melhor ou a pior coisa que fiz. Cumprimos nossa missão e eu tive um papel importante nisso. Eu fui parte disso, mas eu não sei o que acontece em seguida. Vou ter de conviver com isso para o resto da minha vida”, disse.

A operação – Osama Bin Laden foi morto no cerco do Exército à sua casa em Abbottabad, no Paquistão, em 2 de maio de 2011. Segundo O’Neill, os militares que participaram da missão não foram informados qual era o seu propósito durante os treinamentos. “Eles nos disseram algumas coisas sobre a missão e quem estaria lá. Falaram alguns nomes que não faziam sentido. Alguns dias depois, nós estávamos conversando sobre essa pessoa e por que ela estaria lá. Deduzimos que era Bin Laden, que ele tinha sido encontrado e que iríamos atrás dele”, afirmou.

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Antes iniciar uma missão, os Seals costumavam apertar as mãos para se cumprimentar. Mas, dada a seriedade da operação, todos os militares se deram longos abraços ao embarcar nos helicópteros. Ao entrar na casa do terrorista, O’Neill disse que tinha pleno conhecimento do local em que Bin Laden se encontrava. “Eu sabia que tinha um corredor, eu sabia que tinham salas e uma escada no final. Parado bem na minha frente, com as mãos em sua mulher, estava a face que eu havia visto milhares de vezes”, disse. Em uma entrevista anterior, O’Neill havia declarado que atirou duas vezes na testa de Bin Laden, que morreu na hora. “Meu primeiro pensamento foi de que tínhamos pegado Osama, tínhamos acabado com a guerra”, concluiu.

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