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Na Síria não há guerra civil, mas ‘guerra contra o terror’, diz chanceler

Na Assembleia Geral da ONU, Walid al-Moualem compara presença de terroristas na Síria aos atentados de 11 de setembro nos Estados Unidos

Por Da Redação
30 set 2013, 21h15

O ministro de Relações Exteriores da Síria comparou nesta segunda-feira os ataques de 11 de setembro nos Estados Unidos à invasão de terroristas estrangeiros ao país. Em discurso na Assembleia Geral da ONU em Nova York, Walid al-Moualem disse que “terroristas de mais de 83 países estão engajados na morte de nosso povo”, disse o chanceler.

Moualem foi além e negou que haja uma guerra civil na Síria. “É uma guerra contra o terror, que não reconhece valores, nem justiça, nem igualdade, e despreza qualquer direito ou lei”.

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Segundo as Nações Unidas, mais de 100.000 pessoas já foram mortas no conflito que se prolonga há mais de dois anos e meio na Síria. Em agosto deste ano, um ataque químico deixou mais de 1.400 mortos, segundo o governo americano, que ameaçou responder com uma intervenção ao território sírio. O ímpeto ofensivo foi refreado pela falta de apoio nos cenários interno e externo e por uma proposta apresentada pela Rússia para que a Síria entregasse suas armas químicas à comunidade internacional para serem destruídas.

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No discurso desta segunda, o chanceler sírio fez críticas aos Estados Unidos. “As pessoas em Nova York testemunharam a devastação do terrorismo e foram queimadas com o fogo do extremismo e do derramamento de sangue da mesma forma que nós sofremos agora na Síria”, disse, em referência aos atentados de 2001.

“Como alguns países, atingidos pelo mesmo terrorismo que nos atinge agora na Síria, declaram guerra ao terrorismo no mundo todo enquanto apoiam isso no meu país?”, provocou.

Os Estados Unidos reagiram às declarações, classificando-as como falsas e ofensivas. “O fato de o regime sírio ter bombardeado escolas e hospitais e usado armas químicas contra seu próprio povo demonstra que foram adotadas as táticas mais terroristas que hoje foram censuradas”, rebateu Erin Pelton, porta-voz da missão americana na ONU.

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O regime de Bashar Assad acusa Turquia, Arábia Saudita, Catar, Grã-Bretanha, França e Estados Unidos de armarem, financiarem e treinarem forças rebeldes na Síria. E rejeitou a ideia de que há rebeldes moderados lutando contra o ditador. “As declarações sobre a existência de militantes moderados e militantes extremistas se tornaram uma piada ruim. Terrorismo significa terrorismo. Isso não pode ser classificado como moderado e extremista”.

Os Estados Unidos responsabilizam o regime sírio pelo ataque com armas químicas do dia 21 de agosto e afirmam que os “caras maus” representam entre 15% e 25% das forças anti-Assad. Extremamente fragmentados, os grupos que lutam contra o regime incluem alguns reconhecidos por países ocidentais, que negociam o recebimento de armas do exterior.

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