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Mundo registra recorde de refugiados internos

'Resoluções da ONU e negociações de paz perderam a batalha contra homens armados e motivados por interesses políticos ou religiosos', disse ex-secretário-geral da ONU

Por Da Redação
6 Maio 2015, 09h55

O número de deslocados por causa de conflitos dentro de seus próprios países em todo o mundo atingiu o recorde de 38 milhões de pessoas, o equivalente às populações de Pequim, Londres e Nova York juntas, afirmaram nesta quarta-feira a Organização das Nações Unidas (ONU) e o Conselho Norueguês para Refugiados (CNR). “São os piores números de deslocamentos forçados em uma geração, o que coloca em evidência o nosso fracasso absoluto em proteger civis inocentes”, afirmou Jan Egeland, secretário-geral do CNR, uma das organizações mais respeitadas nesse tipo de trabalho.

O levantamento faz parte do relatório anual do Observatório de Deslocamento Interno apresentado por Egeland hoje, em Genebra, junto com o chefe-adjunto do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), Volker Turk. O documento indica que, pelo terceiro ano consecutivo, foram registrados deslocamentos internos sem precedentes. Só no ano passado, 11 milhões de pessoas foram obrigadas a fugir de suas casas por causa de guerras ou violência.

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“Diplomatas, resoluções da ONU, negociações de paz e acordos de cessar-fogo perderam a batalha contra homens armados sem piedade e motivados por interesses políticos ou religiosos”, disse Egeland, ex-secretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários. “Esse relatório deveria servir como um tremendo sinal de alerta. Devemos reverter essa tendência. Milhões de homens, mulheres e crianças estão presos em áreas de conflito ao redor do mundo”, acrescentou.

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A tendência é que, quanto maior for a duração do deslocamento, as pessoas se sentem mais inseguras e optam por atravessar as fronteiras e se tornarem refugiados, disse Tusk sobre o relatório. Quase 60% dos deslocados internos de 2014 estavam em apenas cinco países: Iraque, Sudão do Sul, Síria, República Democrática do Congo e Nigéria. Pelo menos 40% da população da Síria, o que representa 7,6 milhões, foi obrigada a recorrer ao deslocamento, o maior índice do planeta.

No final de 2014, as Américas (Norte, Central e Sul) registravam pelo menos sete milhões de deslocados internos, um aumento de 12% na comparação com 2013. A Colômbia tinha 6,04 milhões de deslocados, quase 12% de sua população, no ano passado.

(Da redação)

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