Maduro ameaça: autoridades podem voltar a atuar contra prefeitos
Por Da Redação
26 Maio 2014, 13h56
As mulheres de dois prefeitos de oposição destituídos e presos na Venezuela venceram com facilidade as eleições realizadas neste domingo para substitui-los. Em San Cristóbal, Patrícia Gutiérrez de Ceballos, casada com Daniel Ceballos, venceu com 73% dos votos. Em San Diego, Rosa Brandonisio, mulher de Vicencio Scarano, venceu com 88% dos votos. Ceballos e Scarano foram condenados a doze e dez meses de prisão, respectivamente, por terem se recusado a remover barricadas erguidas por manifestantes contrários ao governo nas cidades que comandavam.
Em um ato transmitido pelo canal estatal de TV, o presidente Nicolás Maduro ameaçou a oposição, dizendo que não vai tolerar agitações nas duas cidades. “Se (os eleitos) ficarem loucos e voltarem a inflamar o município de novo, as autoridades vão atuar”, disse, antes de conhecer os resultados dando vitória folgada às opositoras. “E, se for o caso de destituir pelo Poder Judiciário, vamos acatar e convocar eleições a cada três meses até que haja paz”.
Em declarações à imprensa venezuelana, Patricia Gutiérrez considerou a fala de Maduro ‘desrespeitosa’ e afirmou estar disposta a trabalhar com o governo para encontrar soluções para os problemas dos cidadãos. Para ela, os resultados das eleições foram “uma resposta clara” contra a destituição “ilegítima e inconstitucional” de seu marido.
Tanto San Cristóbal como San Diego são redutos da oposição venezuelana, que comemorou a grande margem de votos conquistada pelas duas novas prefeitas. “Os resultados das eleições deram uma grande lição ao abuso de poder”, afirmou, em comunicado, a coligação opositora MUD. O dirigente do partido opositor Vontade Popular, Leopoldo López, que também foi preso em meio aos protestos contra o governo, enviou uma mensagem por meio de sua página no Twitter dizendo que “ainda que a Ditadura não goste, Daniel Ceballos e Enzo Scarano continuarão sendo prefeitos”.
A oposição exige a libertação dos dois prefeitos e também López para participar do diálogo com o governo. Desde fevereiro, milhares de pessoas têm ido às ruas protestar contra a criminalidade, a escassez, a alta inflação e o autoritarismo do governo Maduro. Mais de quarenta pessoas já morreram em confrontos e o número de feridos se conta às centenas. Entre os presos nas manifestações, vários relatam casos de tortura.
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