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Mulher do Nobel da Paz é colocada em prisão domiciliar

Ela foi detida depois de visitar o marido na prisão; Xiaobo dedicou prêmio às vítimas de repressão

Por Da Redação
10 out 2010, 16h42

A esposa do ativista chinês Lu Xiaobo, ganhador do Prêmio Nobel da Paz 2010, está detida em sua casa em Pequim, declarou a porta-voz de uma organização de direitos humanos americana. “Lu Xia está, neste momento, sob prisão domiciliar em seu apartamento de Pequim”, informou Beth Schwanke, conselheira legislativa do grupo Freedom Now.

Horas antes, uma outra ONG já havia anunciado que Lu Xia tinha visitado o marido na prisão para dizer que ele havia sido laureado com o Prêmio Nobel da Paz 2010. Citando a sogra de Xiaobo, o Centro de Informação dos Direitos Humanos e Democracia afirmou em um comunicado que o casal encontrou-se na tarde deste domingo, no horário local.

A informação foi confirmada mais tarde pela própria Lu Xia por meio da internet. A mulher do dissidente revelou também que o seu marido já sabia da notícia que ela iria lhe dar. “Vi Xiaobo, os carcereiros da prisão já haviam contado a ele sobre o prêmio na noite da última sexta-feira”, escreveu Liu Xia no Twitter.

A mensagem foi verificada pelo amigo próximo e também dissidente, Wang Jinbo, que escreveu uma outra nota afirmando que Liu Xia lhe disse que não conseguiu falar com a mídia ou com os amigos por causa das forças de segurança que bloquearam sua residência quando ela retornou.

Dedicatória – Xiaobo dedicou a sua conquista às vítimas da repressão militar de 1989 em protestos pró-democracia. Ele teria dito à mulher, chorando, que o prêmio “vai primeiro” para aqueles que morreram em 4 de junho de 1989, nos protestos da Praça de Tiananmen, em Pequim.

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A esposa do dissidente declarou que pretende ir à Noruega buscar a medalha do Nobel e o prêmio de 10 milhões de coroas suecas (cerca de 1,5 milhão de dólares), caso ele não possa comparecer.

O ativista – Liu Xiaobo foi laureado como o Prêmio Nobel da Paz 2010, na última sexta-feira, “por seus esforços continuados e não violentos em prol dos direitos humanos na China”, segundo o Comitê Nobel norueguês.

O dissidente, de 54 anos, cumpre uma pena de 11 anos em regime fechado por ter sido um dos autores da Carta 08, exigindo a democratização da China. Ele foi condenado por “subversão do poder do Estado”.

(Com agência France-Presse)

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