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Mudança leva bons ares à Argentina

A eleição de Mauricio Macri na Argentina dá esperança aos que resistem aos governos populistas da América Latina

Por Nathalia Watkins 27 nov 2015, 20h04

Nas bancas de jornais da Avenida 9 de Julho, em Buenos Aires, os diários se esgotavam ainda antes do meio-dia. Depois da vitória de Mauricio Macri nas eleições de 22 de novembro, os moradores da cidade faziam questão de comprar os jornais do dia seguinte como recordação. “Muitos turistas que nem entendem direito o espanhol pediram os jornais para guardar e depois dizer que viveram conosco esse momento histórico”, diz entre sorrisos Eduardo Leon, o dono da banca na esquina com a Avenida Córdoba. Para os argentinos, a sensação predominante é que a eleição de Macri representa um divisor de águas não apenas para o seu país, mas para toda a América Latina. Desde 2003, quando o venezuelano Hugo Chávez se inspirou abertamente no regime cubano para governar, a região foi tomada por políticos que diziam falar em nome do povo e imitavam o estilo, a retórica e os métodos autoritários de Chávez, morto por um câncer, em 2013. Mais de uma década depois, o resultado tem sido o gasto irresponsável dos recursos públicos para comprar apoio popular, o aumento da corrupção e, nos casos da Venezuela e da Bolívia, a divisão do poder com os narcotraficantes. Ainda que a consequência tenha sido desastrosa, nada parecia mostrar que esses governos seriam trocados. A perseguição de opositores, as artimanhas para comprar votos e as fraudes eleitorais sinalizavam que esse modelo se pretendia eterno. A vitória de Macri é o primeiro sinal de que os eleitores da região podem recusar a ideia de que o populismo distributivista deve ser um projeto perene, que não admite alternância de poder. “A Argentina se transformou no último vagão do trem bolivariano. Ao desprender-se da locomotiva, o país encorajará outros a fazer o mesmo”, diz o advogado Emilio Cárdenas, que foi embaixador da Argentina na ONU durante o governo de Carlos Menem.

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