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Morre ex-premiê que foi figura central para a paz na Irlanda do Norte

Albert Reynolds tinha 81 anos e sofria de Mal de Alzheimer. Ex-premiê criou, na década de 1990, as bases para o acordo de paz com grupos paramilitares

Por Da Redação
21 ago 2014, 10h14

O oitavo primeiro-ministro da República da Irlanda e ex-líder do partido Fianna Fail, Albert Reynolds, morreu na madrugada desta quinta-feira aos 81 anos, divulgou a televisão pública irlandesa RTE. A família revelou ano passado que Reynolds sofria de Alzheimer. As causas da morte não foram reveladas. Reynolds desempenhou um papel crucial no avanço do processo de paz da Irlanda do Norte e teve protagonismo no cessar-fogo do Exército Republicano Irlandês (IRA, na sigla em inglês) de 1994. Nascido em Rooskey, no condado irlandês de Roscommon, liderou o Fianna Fail durante dois governos de coalizão e foi primeiro-ministro entre fevereiro de 1992 e dezembro de 1994.

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O partido Fianna Fail comunicou que o governo de Reynolds foi, “sem dúvida, sua maior conquista na Irlanda do Norte e nas relações anglo-irlandesas, ao assinar a declaração de Downing Street em 1993”. A declaração, assinada com seu colega britânico John Major, foi o tratado diplomático em que Dublin e Londres se comprometeram a criar o clima necessário para as negociações de paz, convidando todas as organizações paramilitares a abandonar as armas. “Foi a determinação de Reynolds que deu impulso ao processo de paz e ao estabelecimento do cessar-fogo do IRA em 1994”, acrescenta o comunicado do Fianna Fail.

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Segundo o partido, foi o próprio Albert Reynolds quem formulou a pergunta central do processo de paz irlandês: “Quem teme a paz?”. Em cima dessa pergunta foi feita toda uma campanha para pacificar o país. A campanha contou com o apoio de setores importantes da Irlanda do Norte, como as igrejas católica e protestante e entidades civis.

Após a divulgação da notícia de sua morte, o presidente do partido Sinn Fein, nascido como braço político do IRA, Gerry Adams, homenageou o político em sua conta pessoal no Twitter, onde assinalou que Reynolds atuou na Irlanda do Norte “num momento muito importante”. O vice-premiê norte-irlandês e ex-comandante do já inativo IRA, Martin McGuinness, elogiou a contribuição do ex-premiê ao processo de paz. “Minhas condolências vão para Kathleen [mulher de Reynolds] e sua família. Albert era um pacificador”, disse.

(Com agências EFE e France-Presse)

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