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Morre Chen Ziming, um dos líderes dos protestos da Praça da Paz Celestial

O economista e ativista chinês faleceu aos 62 anos de câncer. Ele passou anos preso, mas devido suas condições de saúde vivia em prisão domiciliar

Por Da Redação
22 out 2014, 06h37

Chen Ziming, considerado um dos ideólogos do movimento pró-democrático da Praça da Paz Celestial em 1989, morreu aos 62 anos em Pequim em decorrência de um câncer no pâncreas, publicou nesta quarta-feira o jornal South China Morning Post, editado em Hong Kong. O ativista morreu na tarde de ontem em sua casa em Pequim, após uma longa luta contra a doença. Ele chegou a se tratar em Boston, nos Estados Unidos, no início deste ano, em um raro gesto do regime comunista, que raramente permite que ativistas de direitos humanos saiam do país.

Chen, veterano ativista e intelectual, foi uma das figuras chave dos protestos que entre abril e junho de 1989 puseram em xeque o regime comunista com reivindicações de maior abertura e democracia na China, e que acabaram no massacre de mais de 1.000 pessoas, segundo fontes independentes. A morte foi lamentada por muitos de seus companheiros nos protestos, entre eles Wang Dan, um dos líderes do movimento estudantil de 1989, que de seu exílio nos EUA falou sobre Chen, a quem definiu como seu “professor e amigo”. “Chen foi um dos intelectuais mais proeminentes da China, e contribuiu para o movimento democrático do país nos últimos 40 anos”, disse Wang.

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Além do ativismo político, Chen ficou conhecido por seu trabalho como economista, que o levou a fundar nos anos 80 o Instituto de Pesquisa em Ciências Econômicas e a trabalhar como editor na Economics Weekly, publicação que defendia a livre economia de mercado. “Se tivesse vivido em uma sociedade normal, teria feito enormes contribuições ao mundo acadêmico, aos negócios, à ciência e à tecnologia. Inclusive poderia ter ganhado um Prêmio Nobel. Infelizmente, nasceu na China”, lamentou o também ativista Dai Qing em declarações ao jornal. “Ele sofreu muito, mas foi corajoso e inteligente. Não teve nem fama nem fortuna, mas foi sincero com a sociedade”, resumiu Dai.

(Com agência EFE)

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